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Lego investe US$ 145 mi para ter produtos à base de plantas

Companhia quer desenvolver materiais sustentáveis até 2030. Para alcançar o objetivo, ela terá um novo centro de inovação até 2016


	Lego: fabricante de briquedos quer diminuir a emissão de carbono na atmosfera
 (Getty Images)

Lego: fabricante de briquedos quer diminuir a emissão de carbono na atmosfera (Getty Images)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 17 de julho de 2015 às 16h46.

São Paulo - A Lego vai investir 1 bilhão de coroas dinamarquesas (algo em torno de 145 milhões de dólares) para produzir seus blocos de montar com plástico de base biológica.

A ideia é reduzir a emissão de carbono na atmosfera.

O dinheiro será aplicado no "Centro de Materiais Sustentáveis Lego", um laboratório de inovação que deve empregar mais de cem cientistas entre 2015 e 2016. Ele ficará junto à sede da companhia, em Billund, na Dinamarca.

"Esse é o maior passo do Lego Group no nosso plano de alcançar a ambição de ter materiais sustentáveis até 2030", disse o presidente da empresa Jørgen Vig Knudstorp, em nota.

A fabricante de brinquedos já reduziu o tamanho de suas embalagens e investiu em um parque eólico "para deixar um impacto positivo no planeta". "Agora estamos focando nos materiais", completou Knudstorp.

A própria Lego admite que a "ambição é desafiadora" e que não será conquistada sozinha, mas por meio de parcerias com outras companhias e especialistas.

A empresa também garante que a aparência, qualidade e segurança dos blocos de montar não serão alteradas com a adição de substâncias biológicas em sua fabricação.

Ponto para o Greenpeace

Em outubro passado, a Lego encerrou uma parceria de mais de 50 anos com a Shell por conta das perfurações que a petroleira fará no Ártico neste ano.

Por contrato, brinquedos da empresa eram distribuídos em postos de combustíveis da Shell. O acordo terminou, principalmente, graças à pressão do Greenpeace.

O órgão de defesa do meio ambiente criou uma campanha pedindo o fim do acordo, endossada por um vídeo que comoveu o público.

Nele, a região do Ártico, toda construída com blocos de montar, era tomada por um derramamento de óleo. A mensagem final era: "a Shell está poluindo a imaginação das crianças".

Na época, a Lego disse que estava "entristecida" com o uso da sua imagem e que nunca deveria ter se tornado parte da briga entre a petroleira o Greenpeace.

A companhia também reforçou que estava determinada a "deixar um impacto positivo na sociedade e no planeta".

Veja o vídeo do Greenpeace:

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Atualizada às 16h46. 


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