Telefónica vira maior operadora da Alemanha com aquisição
Companhia espanhola adquiriu operações da KPN no país por cerca de 8,1 bilhões de euros em dinheiro e ações
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 16h55.
Bruxelas - O grupo holandês de telecomunicações KPN venderá sua unidade alemã E-Plus para a rival Telefónica Alemanha, da espanhola Telefónica, por cerca de 8,1 bilhões de euros em dinheiro e ações.
Se a venda da E-Plus for finalizada, a nova empresa teria uma participação de cerca de 30 por cento das receitas de serviços móveis na Alemanha e estaria melhor preparada para enfrentar a Deutsche Telekom e a Vodafone, com 35 por cento cada.
A KPN disse que o negócio, pelo qual receberá 5 bilhões de euros em dinheiro e uma participação de 17,6 por cento na nova empresa, que a KPN avalia em 3,1 bilhão de euros, gerará uma economia de custos entre 5 bilhões e 5,5 bilhões de euros.
Para a Telefónica, que tem vendido ativos nos últimos dois anos para reduzir dívida, o negócio é a maior aposta na Alemanha, um mercado onde, apesar do aumento da competição, as margens de lucro permanecem altas quando comparadas com Reino Unido e Espanha.
O grupo espanhol disse que precisará levantar 4,14 bilhões de euros para financiar o negócio. Cerca de 3,7 bilhões de euros virão de direitos de emissão na Telefónica Deutschland, no qual a empresa espanhola subscreverá 2,84 bilhões de euros.
A Telefónica disse que não espera que o acordo afete o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Cerca de 50 a 65 por cento da quantia que precisa levantar virá de dívida híbrida, 20 a 30 por cento de títulos conversíveis e o restante de dívida adicional.
Agências de classificação de risco ainda não se posicionaram sobre a transação.
O acordo é o mais recente em uma série de aquisições no setor de telecomunicações global, que está reformulando a dinâmica competitiva de uma indústria que enfrenta dificuldades na Europa, mas cresce nos Estados Unidos e na Ásia, onde os preços e os lucros são maiores.
A Vivendi também acertou nesta terça-feira a venda de participação de controle na Maroc Telecom para a Etilsalat. A japonesa Softbank, Vodafone e o grupo Liberty Global promoveram operações para impulsionar suas operações nos últimos meses, enquanto a asiática Hutchison Whampoa busca consolidar o mercado irlandês.
Por causa do tamanho do acordo da Telefónica e suas implicações entre fronteiras, a Comissão Europeia vai avaliar atentamente o impacto do acordo, como desinvestimentos em espectro e promessas de oferta de compartilhamento competitivo de redes para rivais.
Ainda não ficou claro se a latino-americana América Móvil, que tem fatia de 30 por cento na KPN, decidirá apoiar o acordo para vender a unidade alemã à sua arquirrival. América Móvil e Telefónica competemm ferozmente na América Latina e seus chefes, Carlos Slim e Cesar Alierta são antigos adversários.
Uma pessoa envolvida nas negociações afirmou que Slim e a KPN consideram o momento como bom para vender dada a posição de fragilidade da E-Plus no mercado e diante da aproximação de caros leilões de expectro.
"Slim e a KPN sabem que nunca conseguiram um bom preço por este ativo quanto estão conseguindo agora", disse a fonte.
*Atualizado às 08h
Bruxelas - O grupo holandês de telecomunicações KPN venderá sua unidade alemã E-Plus para a rival Telefónica Alemanha, da espanhola Telefónica, por cerca de 8,1 bilhões de euros em dinheiro e ações.
Se a venda da E-Plus for finalizada, a nova empresa teria uma participação de cerca de 30 por cento das receitas de serviços móveis na Alemanha e estaria melhor preparada para enfrentar a Deutsche Telekom e a Vodafone, com 35 por cento cada.
A KPN disse que o negócio, pelo qual receberá 5 bilhões de euros em dinheiro e uma participação de 17,6 por cento na nova empresa, que a KPN avalia em 3,1 bilhão de euros, gerará uma economia de custos entre 5 bilhões e 5,5 bilhões de euros.
Para a Telefónica, que tem vendido ativos nos últimos dois anos para reduzir dívida, o negócio é a maior aposta na Alemanha, um mercado onde, apesar do aumento da competição, as margens de lucro permanecem altas quando comparadas com Reino Unido e Espanha.
O grupo espanhol disse que precisará levantar 4,14 bilhões de euros para financiar o negócio. Cerca de 3,7 bilhões de euros virão de direitos de emissão na Telefónica Deutschland, no qual a empresa espanhola subscreverá 2,84 bilhões de euros.
A Telefónica disse que não espera que o acordo afete o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Cerca de 50 a 65 por cento da quantia que precisa levantar virá de dívida híbrida, 20 a 30 por cento de títulos conversíveis e o restante de dívida adicional.
Agências de classificação de risco ainda não se posicionaram sobre a transação.
O acordo é o mais recente em uma série de aquisições no setor de telecomunicações global, que está reformulando a dinâmica competitiva de uma indústria que enfrenta dificuldades na Europa, mas cresce nos Estados Unidos e na Ásia, onde os preços e os lucros são maiores.
A Vivendi também acertou nesta terça-feira a venda de participação de controle na Maroc Telecom para a Etilsalat. A japonesa Softbank, Vodafone e o grupo Liberty Global promoveram operações para impulsionar suas operações nos últimos meses, enquanto a asiática Hutchison Whampoa busca consolidar o mercado irlandês.
Por causa do tamanho do acordo da Telefónica e suas implicações entre fronteiras, a Comissão Europeia vai avaliar atentamente o impacto do acordo, como desinvestimentos em espectro e promessas de oferta de compartilhamento competitivo de redes para rivais.
Ainda não ficou claro se a latino-americana América Móvil, que tem fatia de 30 por cento na KPN, decidirá apoiar o acordo para vender a unidade alemã à sua arquirrival. América Móvil e Telefónica competemm ferozmente na América Latina e seus chefes, Carlos Slim e Cesar Alierta são antigos adversários.
Uma pessoa envolvida nas negociações afirmou que Slim e a KPN consideram o momento como bom para vender dada a posição de fragilidade da E-Plus no mercado e diante da aproximação de caros leilões de expectro.
"Slim e a KPN sabem que nunca conseguiram um bom preço por este ativo quanto estão conseguindo agora", disse a fonte.
*Atualizado às 08h