Kirin oferece ao menos R$ 2 bi a minoritários da Schin
A ideia é fazer uma proposta com o valor por ação próximo ao que a Kirin concordou em pagar para os acionistas majoritários
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 13h00.
São Paulo - A Kirin Holdings Co. está oferecendo ao menos R$ 2 bilhões para comprar a fatia dos acionistas minoritários da Schincariol Participações e Representações SA, segundo uma pessoa a par do assunto.
A ideia é fazer uma proposta com o valor por ação próximo ao que a Kirin concordou em pagar para os acionistas majoritários Adriano e Alexandre Schincariol, os filhos do fundador Nelson Schincariol, disse a pessoa, que pediu para não ser identificar porque a negociação é privada. No mês passado, a Kirin acertou a compra do controle da cervejaria brasileira por R$ 3,95 bilhões da Aleadri-Schinni Participações e Representações SA, que detém 50,45 por cento da Schincariol.
No acordo com os majoritários, a Kirin está assumindo metade do R$ 1,1 bilhão em dívidas financeiras da Schincariol como parte da transação. A japonesa está ainda negociando com os acionistas majoritários e minoritários para decidir quem vai assumir a dívida fiscal, civil e trabalhista da Schincariol, que era de R$ 2,1 bilhões no final de 2010.
A proposta pode ajudar a resolver uma disputa na Justiça que está bloqueando o negócio que daria para a Kirin uma entrada no maior mercado de cervejas da América Latina com marcas como a Nova Schin e a Devassa.
José Augusto Schincariol, Daniela Schincariol e Gilberto Schincariol Junior, que possuem 49,55 por cento da Schincariol, entraram na Justiça para bloquear o negócio alegando que têm o direito de preferência na holding Aleadri-Schinni.
A Kirin contratou o UBS AG para negociar com os minoritários da Schincariol. Quem fechou o acordo com os majoritários para a Kirin foi o Citigroup Inc. Nenhum dos bancos quis comentar quando procurados pela reportagem.
O Supremo Tribunal de Justiça deve tomar uma decisão final em 11 de outubro.
Kan Yamamoto, porta-voz da Kirin Holdings no Japão, não comentou. O escritório Teixeira Martins, que representa os acionistas minoritários, não quis comentar. O escritório Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga Advogados, que representa os acionistas majoritários, não respondeu aos pedidos de entrevista.
A Kirin, a segunda maior produtora de cerveja por volume, já fez proposta de pelo menos cinco aquisições em 2011. A compra da Schincariol é a segunda maior na indústria de cervejas neste ano, de valor menor apenas do que a oferta da SabMiller Plc’s de 9,9 bilhões de dólares australianos pela Foster’s Group Ltd.
As ações da Kirin subiram 1,8 por cento na sessão de hoje em Tóquio.
*Matéria atualizada às 16h25 depois de correção feita pela agência Bloomberg
São Paulo - A Kirin Holdings Co. está oferecendo ao menos R$ 2 bilhões para comprar a fatia dos acionistas minoritários da Schincariol Participações e Representações SA, segundo uma pessoa a par do assunto.
A ideia é fazer uma proposta com o valor por ação próximo ao que a Kirin concordou em pagar para os acionistas majoritários Adriano e Alexandre Schincariol, os filhos do fundador Nelson Schincariol, disse a pessoa, que pediu para não ser identificar porque a negociação é privada. No mês passado, a Kirin acertou a compra do controle da cervejaria brasileira por R$ 3,95 bilhões da Aleadri-Schinni Participações e Representações SA, que detém 50,45 por cento da Schincariol.
No acordo com os majoritários, a Kirin está assumindo metade do R$ 1,1 bilhão em dívidas financeiras da Schincariol como parte da transação. A japonesa está ainda negociando com os acionistas majoritários e minoritários para decidir quem vai assumir a dívida fiscal, civil e trabalhista da Schincariol, que era de R$ 2,1 bilhões no final de 2010.
A proposta pode ajudar a resolver uma disputa na Justiça que está bloqueando o negócio que daria para a Kirin uma entrada no maior mercado de cervejas da América Latina com marcas como a Nova Schin e a Devassa.
José Augusto Schincariol, Daniela Schincariol e Gilberto Schincariol Junior, que possuem 49,55 por cento da Schincariol, entraram na Justiça para bloquear o negócio alegando que têm o direito de preferência na holding Aleadri-Schinni.
A Kirin contratou o UBS AG para negociar com os minoritários da Schincariol. Quem fechou o acordo com os majoritários para a Kirin foi o Citigroup Inc. Nenhum dos bancos quis comentar quando procurados pela reportagem.
O Supremo Tribunal de Justiça deve tomar uma decisão final em 11 de outubro.
Kan Yamamoto, porta-voz da Kirin Holdings no Japão, não comentou. O escritório Teixeira Martins, que representa os acionistas minoritários, não quis comentar. O escritório Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga Advogados, que representa os acionistas majoritários, não respondeu aos pedidos de entrevista.
A Kirin, a segunda maior produtora de cerveja por volume, já fez proposta de pelo menos cinco aquisições em 2011. A compra da Schincariol é a segunda maior na indústria de cervejas neste ano, de valor menor apenas do que a oferta da SabMiller Plc’s de 9,9 bilhões de dólares australianos pela Foster’s Group Ltd.
As ações da Kirin subiram 1,8 por cento na sessão de hoje em Tóquio.
*Matéria atualizada às 16h25 depois de correção feita pela agência Bloomberg