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Justiça suspende licença da Belo Sun para explorar ouro no Pará

Decisão foi tomada sob a alegação de que a empresa não apresentou estudos válidos do impacto do projeto sobre os povos indígenas da região

Obras da hidrelétrica de Belo Monte: MPF pontuou que essa é a segunda decisão judicial que suspende a licença de instalação da Belo Sun (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2017 às 11h34.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 15h51.

Rio de Janeiro - A Justiça Federal suspendeu a licença de instalação estadual da mineradora canadense Belo Sun para a exploração de ouro na região da hidrelétrica de Belo Monte, perto de Altamira, no Pará, em um projeto que prevê investimentos de 5 milhões de dólares inicialmente neste ano, disse nesta quarta-feira o Ministério Público Federal (MPF) no Pará.

A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sob a alegação de que a empresa não apresentou estudos válidos do impacto do projeto sobre os povos indígenas da região, explicou o MPF em nota à imprensa

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Segundo o MPF, as etnias Arara e Juruna seriam afetadas pelo projeto e a empresa apresentou estudo à Fundação Nacional do Índio (Funai) considerado inapto, "por não conter nenhum dado coletado dentro das áreas indígenas e por não ter sido realizada consulta prévia aos índios".

O MPF pontuou que essa é a segunda decisão judicial que suspende a licença de instalação da Belo Sun.

"O projeto está bloqueado também pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, por causa de irregularidades fundiárias cometidas na aquisição de terras para a instalação", afirmou o órgão, que contabiliza cinco processos na Justiça contra o projeto de mineração-- movidos pelo MPF, pela Defensoria Pública do Pará e pela Defensoria Pública da União.

(Texto corrigido às 15h52: ainformação do investimento no 1º parágrafo era "5 milhões" e não "5 bilhões")

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