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Justiça desbloqueia contas da Dolly, que pediu recuperação judicial

Sem acesso às contas para receber pagamentos feitos pelas varejistas ou pagar fornecedores e funcionários, a companhia alegou que estava à beira da falência

As contas haviam sido bloqueadas em maio, depois que a empresa sofreu buscas e apreensões e passou a ser investigada por supostamente ter sonegado 4 bilhões de reais em impostos (iStock/Thinkstock)

Karin Salomão

Publicado em 28 de junho de 2018 às 06h00.

Última atualização em 28 de junho de 2018 às 06h00.

São Paulo - Depois que a fabricante das marcas de refrigerante Dolly pediu recuperação judicial , a Justiça de São Paulo decidiu desbloquear as contas e bens da empresa e de seus donos para que ela possa se manter funcionando.

As contas haviam sido bloqueadas em maio, depois que a empresa sofreu buscas e apreensões e passou a ser investigada por supostamente ter sonegado 4 bilhões de reais em impostos. Na época do bloqueio, a Justiça havia afirmado que as empresas do grupo “são devedoras de altos valores a título de tributos não pagos e não garantidos”.

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Sem acesso às suas contas para receber pagamentos feitos pelas varejistas ou pagar fornecedores e funcionários, a companhia alegou que estava à beira da falência. Na semana passada, fechou uma de suas três fábricas, em Tatuí, interior de São Paulo, e demitiu os 700 trabalhadores do local.

Na terça-feira, dia 26, protocolou um pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais em São Paulo.

"Sem poder operar as próprias contas bancárias, a empresa não está conseguindo cumprir seus compromissos. Esta foi a única forma que restou para impedir a falência imposta pela Justiça Federal de São Bernardo do Campo", informou a companhia em nota.

O processo foi aberto pelas donas da marca de refrigerantes, Dettal – Part, Brabeb – Brasil Bebidas Eirelli e Empare – Empresa Paulista de Refrigerantes Ltda.

Um dia depois, a Justiça atendeu ao pedido de recuperação jucial. O juiz responsável, Marcelo Barbosa Sacramonte, determinou também o desbloqueio das contas da companhia e dos empresários.

No pedido de recuperação, a empresa também pede o retorno de seus administradores para dar continuidade às suas atividades. Em maio deste ano, o dono da empresa, Laerte Codonho, foi preso durante oito dias sob suspeita de fraude fiscal continuada e estruturada, sonegação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A companhia também pede que a Eletropaulo não corte sua energia elétrica. Novamente, o juiz deu razão aos pedidos da fabricante. “A interrupção no fornecimento de energia, na prática, implicará encerramento das atividades da recuperanda, com prejuízos sociais relevantes”, disse ele.

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