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Justiça de NY protege Varig de arresto até leilão

Corte estendeu prazo de vigência de liminar que impede empresas de leasing de retomarem aeronaves

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A Justiça de Nova York, nos Estados Unidos, estendeu até o dia 13 de junho a liminar que vencia nesta quarta-feira (31/5) e impede o arresto de aviões da Varig por empresas de leasing. Segundo a assessoria da companhia, a corte resolveu tomar a decisão para não atrapalhar a aérea às vésperas de seu leilão de venda, marcado para o dia 5 de junho.

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, considerou que a decisão é prova do "reconhecimento pela comunidade internacional da força e da capacidade de recuperação da companhia", de acordo com a assessoria da aérea.

O leilão da Varig foi antecipado em um mês pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo juiz Luiz Alberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, porque a companhia não tinha capital de giro para operar até julho, mês em que se realizaria a venda. Com isso, os interessados poderão arrematar as operações da aérea já na próxima segunda-feira (5/6).

As inscrições para o leilão poderão ser feitas até as 18 horas deste domingo (4/6), e os interessados deverão pagar uma taxa de 60 mil reais para acessar todos os dados da companhia em uma sala de informações. De acordo com fonte da Varig, doze empresas já retiraram um manual de instruções para acessar os dados, as apenas uma - a aérea Ocean Air - efetivou a inscrição.

Os participantes do leilão poderão arrematar todas as operações da Varig, por um mínimo inicial de 860 milhões de dólares, ou apenas as operações domésticas da companhia, por um lance mínimo de 700 milhões de dólares. O valor estabelecido como piso poderá ser derrubado, no entanto, caso nenhuma das propostas chegue até ele. Aquele que sair vencedor do leilão e se tornar o novo dono da Varig terá de fazer um aporte inicial de 75 milhões de dólares em até 3 dias.

As condições do leilão foram questionadas, nesta quarta-feira, pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas. A associação recorreu à Justiça do Rio para reclamar de pontos como a possibilidade de venda por valor inferior ao lance mínimo e de alienação apenas das operações domésticas da companhia.

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