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Justiça autoriza Daslu a iniciar processo de recuperação judicial

Empresa tem, agora, 60 dias para apresentar plano de reestruturação

Villa Daslu: credores decidirão o destino da empresa, que deve R$ 80 milhões (.)

Villa Daslu: credores decidirão o destino da empresa, que deve R$ 80 milhões (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - A 1ª Vara de Falências de São Paulo autorizou a butique de luxo Daslu a iniciar seu processo de recuperação judicial. Agora, a empresa terá 60 dias para apresentar o plano de reestruturação. A proposta precisa ser aprovada pela assembleia de credores para, em seguida, ser homologada na Justiça. O prazo para que todos esses procedimentos sejam efetuados é de 180 dias.

A Justiça também nomeou o administrador judicial da Daslu. Será o advogado e economista Alfredo Luiz Kugelmas, que terá 48 horas para assumir o posto e, depois, mais dez dias para apresentar uma avaliação da Daslu. O nome foi bem recebido pelos envolvidos na recuperação da Daslu. Kugelmas é considerado um gestor competente, que já cumpriu a mesma função nos processos da filial brasileira da Parmalat e das companhias aéreas BRA e VarigLog.

O pedido de recuperação judicial da Daslu foi antecipado pelo site EXAME no início de julho (leia a reportagem). Os problemas da empresa começaram há cerca de um ano e meio. Sua proprietária, Eliana Tranchesi, foi presa e condenada a 94 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em importações e falsificação de documentos. A crise de reputação que atingiu a empresa derrubou as vendas e aprofundou os problemas financeiros.

Potencial alvo

A Daslu acumula dívidas de 80 milhões de reais com cerca de 1.000 credores, entre fornecedores, bancos e funcionários. Em março deste ano, a empresa contratou o escritório de advocacia Felsberg e Associados, um dos mais respeitados na área de reestruturação judicial.

Com a crise, a empresa tornou-se um alvo potencial de aquisição. Conforme antecipado pelo site EXAME (leia a reportagem), um dos interessados seria o empresário espanhol Enrique Bañuelos, que recentemente vendeu sua incorporadora brasileira, a Agre, para a PDG. Por meio de sua assessoria de imprensa, Bañuelos nega qualquer interesse na grife de luxo e afirma que nunca considerou sua aquisição. Outro que estaria na disputa pela marca de luxo seria o empresário Marcos Elias, da Laep, gestora de investimentos que controla a Parmalat brasileira.
 

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