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JPMorgan é multado por infringir sanções americanas

Banco terá que pagar 88,3 milhões de dólares por ter feito negócios com governos de Irã, Cuba, Sudão e Libéria

Sede do JP Morgan: governo americano classificou de "escandalosas" as ações do banco (Don Emmert/AFP)

Sede do JP Morgan: governo americano classificou de "escandalosas" as ações do banco (Don Emmert/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2011 às 20h39.

Washington - O JPMorgan Chase Bank foi multado em 88,3 milhões de dólares por infringir sanções americanas contra os regimes de Irã, Cuba e Sudão, e contra o governo da Libéria, informou o Departamento do Tesouro Americano nesta quinta-feira.

Segundo o Departamento, o banco esteve envolvido em uma série de transações financeiras irregulares, como empréstimos e outras transações feitas para os países citados, o que fere as determinações políticas dos Estados Unidos.

Ainda de acordo com o Departamento, o JPMorgan concordou em "compensar financeiramente seu aparente desvio de conduta, assim como as aparentes violações", que são referentes a sete diferentes sanções ocorridas entre 2005 e 2011.

Segundo um comunicado do Departamento, entre 2005 e 2006, o banco realizou contravenções que somaram 180 milhões de dólares envolvendo assets cubanas.

Em 2009, o banco violou um tratado sobre proliferação de armas de destruição em massa ao participar de uma transação para o Irã, disse o Tesouro.

Em outro caso, o banco falhou em fornecer documentos requisitados pelo Departamento referentes a uma transferência bancária para o Sudão.

O Tesouro classificou todas essas ações como "escandalosas", devido a seu caráter imprudente e omisso.

Outras transgressões também mencionadas pelo relatório incluem transferências feitas a vários regimes sancionados pelos Estados Unidos, inclusive para o regime do líder liberiano, Chalres Taylor, e a transferência de 32 mil onças de ouro para o banco do Irã, que não foi reportada para o Tesouro.

"O Departamento do Tesouro determinou que o JPMorgan é uma instituição grande e comercialmente sofisticada e que os gerentes e supervisores do banco agiram de maneira consciente de seus atos, violando de maneira injustificável as obrigações de uma instituição do seu porte para com os Estados Unidos".

Uma porta-voz do banco disse à AFP que em "nenhum momento houve tentativa de violar as normas americanas".

"Esses raros incidentes foram casos isolados. A companhia gere centenas de milhares de transações diariamente e seus erros representam uma fração mínima do total", disse a porta-voz Jennifer Zuccarelli através de um e-mail.

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