VEC: Serviços de Carros Elétricos Compartilhados do Itaú (Itaú Unibanco/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 12 de novembro de 2020 às 14h50.
Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 14h08.
O banco Itaú acaba de lançar uma nova alternativa de mobilidade urbana. Além das bicicletas já disponíveis em cinco cidades, o banco desenvolveu o VEC Itaú, sigla para veículo elétrico compartilhado. São cinco carros elétricos que estarão presentes em pontos específicos de carregamento na cidade de São Paulo a partir do ano que vem.
Os carros estarão disponíveis através de um projeto piloto no primeiro semestre de 2021 para funcionários do banco, com quatro estações, e de forma aberta a partir do segundo semestre. Assim como as bicicletas, os carros serão acessíveis para todos, não apenas clientes do banco.
O serviço não terá mensalidade, apenas a cobrança de uma tarifa inicial e um valor a cada minuto de uso - o preço ainda não está definido. Inicialmente, a frota será composta de uma BMW i3, três JACs ev40 e um Jaguar i-pace.
Para usar, os clientes pegam o carro em um ponto, desbloqueando o veículo através do aplicativo por meio de conexão bluetooth, e entregam o veículo em outro ponto de recarga, para manter a bateria sempre cheia.
A tecnologia do aplicativo e abertura é desenvolvida pela Ucorp App, startup de tecnologia e soluções para mobilidade corporativa e elétrica. A startup também será responsável pela higienização dos carros e pela logística de distribuição dos carros entre os pontos.
O banco também firmou parcerias com montadoras - inicialmente JAC Motors, BMW e Jaguar - para o fornecimento dos carros e prevê agregar novas parcerias com locadoras e concessionárias que também alugam carros.
Depois de um tempo de uso, a ideia é que esses carros sejam revendidos. "Haverá gente querendo comprar esses veículos usados e vamos fazer com que esses veículos elétricos também rodem pela cidade", diz Rodnei Bernadino de Souza, diretor de negócios Veículos do Itaú Unibanco. Outra iniciativa para incentivar o uso de carros elétricos é o financiamento: as taxas para financiar um veículo elétrico são menores do que as para financiar um veículo normal.
"O objetivo é ter um uso mais sustentável de recursos e reduzir carros nas ruas, em vez de usar o carro próprio as pessoas podem usar os compartilhados", diz Luciana Nicola, superintendente de relações institucionais, sustentabilidade e empreendedorismo do banco.
A Bike Sampa, serviço do Bike Itaú, é uma das poucas alternativas de mobilidade compartilhada que sobreviveu à ascensão e queda das bicicletas e patinetes elétricos. Com suas 2.600 bicicletas compartilhadas, em 260 estações, já foram feitas mais de 400 milhões de viagens, que dariam cerca de cinco voltas em torno do planeta Terra. As bicicletas são produzidas pela startup Tem Bici, que em junho recebeu um investimento de 244 milhões de reais.
A Grow, que nasceu em 2019 como resultado da fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, encerrou no começo deste ano a operação em 14 cidades no Brasil. As bicicletas da Yellow também foram retiradas de circulação no início do ano e, em julho, a empresa pediu recuperação judicial.
A Lime, startup de patinetes elétricos, chegou ao país em julho do ano passado. Poucos meses depois, encerrou suas operações por aqui. A saída faz parte de uma estratégia de recuo de investimentos da companhia que, além do Brasil, também deixa de operar em outros dez mercados.