Itaú investirá R$ 10,4 bilhões em tecnologia
Necessidade de maior disponibilidade de rede motivou aporte na construção de um novo CDP, que já está em construção na cidade paulista de Mogi Mirim
Tatiana Vaz
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 15h52.
São Paulo - O Banco Itaú anunciou investimento de 10,4 bilhões de reais em tecnologia em um novo Centro de Processamento de Dados (CPD) que estamos construindo na região de Mogi Mirim. A expectativa é que o novo centro eleve em dez vezes o potencial de processamento de informação do banco.
“O local trará ao banco mais segurança e eficiência no banco para atender com mais agilidade a demanda dos clientes”, afirmou Roberto Setúbal, presidente do Banco Itaú em coletiva de imprensa hoje. “O cliente hoje exige um banco 24 horas por dia, o que nos exigiu aumentar nossa plataforma e rever nossos sistemas e operações”.
Do montante investido, 2 bilhões de reais serão alocados em novos sistemas, tanto para o novo CDP quanto para os outros que a instituição já possui. O local onde o CPD está sendo construído desde março, uma área de 800 mil metros quadrados, foi escolhido pela proximidade com o outro centro de processamento de dados que o banco já possui.
Começar o CPD do zero, segundo o banco, traz a vantagem de reunir ali tudo o que há de mais moderno em sistemas de tecnologia. “Para se ter ideia, um dos maiores custos de um CPD é com energia e estimamos que economizaremos 40% com custos investindo em um centro novo, com equipamentos mais modernos “, diz Setúbal.
O banco estima que 700 novos empregos podem ser gerados a partir do novo centro, com a contratação de pessoas ligadas ao funcionamento do datacenter – o local abrigará o principal datacenter do banco, que também contará com um segundo sistema na capital paulista.
De acordo com Setúbal, os investimentos em tecnologia aumentam a cada ano, mas a demanda por disponibilidade de sistemas exige que novos esforços sejam feitos nessa parte.
Rentabilidade
O custo de capital do Itaú hoje está em 14,5%, segundo Setúbal, e a tendência é que esse percentual caia de acordo com o aumento de custo operacional – 35 bilhões de reais por ano, no caso do Itaú, e do custo de captação de recursos de mercado.
“Hoje temos 19 bilhões de reais em perdas de crédito e queremos melhorar o nível e mix de produtos para, ainda assim, trazer uma boa rentabilidade ”, afirmou Roberto. “Na medida em a taxa de juros cai temos uma redução de spread e de juros”.