Negócios

Itaú gostou do lucro do trimestre, mesmo não crescendo muito

No período, ganhos do banco somaram R$ 3,4 bilhões, alta de 1,3% na comparação com mesmo trimestre de 2012


	Itaú: lucro estável no primeiro trimetre, mas em linha com o que o banco esperava
 (Alexandre Battibugli /EXAME)

Itaú: lucro estável no primeiro trimetre, mas em linha com o que o banco esperava (Alexandre Battibugli /EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 30 de abril de 2013 às 13h22.

São Paulo – O lucro do Itaú Unibanco no primeiro trimestre do ano ficou estável na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 3,4 bilhões de reais.  A carteira de crédito cresceu apenas 1,7%, somando 434,2 bilhões de reais. Já o retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi menor em relação ao primeiro trimestre de 2012, mas, mesmo assim, o banco avaliou como positivo os resultados do período.

Segundo Rogério Calderón, diretor corporativo de controladoria do Itaú Unibanco, o primeiro trimestre do ano é um período de muita sazonalidade, principalmente no segmento de pessoa física, que tem o orçamento comprometido com pagamento de tributos. “Por isso, mesmo com o lucro estável, o banco vê os resultados apresentados como positivos”, disse o executivo, em teleconferência com a imprensa, nesta terça-feira.

A margem financeira total do banco somou 11,5 bilhões reais no período. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o montante foi 1,7 bilhão de reais menor. A queda, de acordo com Calderón, está associada, entre outras razões, a mudança de mix de produtos. O Itaú tem focado em carteiras de crédito que oferecem menos riscos, com o objetivo de reduzir também a inadimplência.

“Embora menor, nossas margens foram compensadas com as despesas operacionais e administrativas também menores no período”, afirmou o executivo. Os gastos não decorrentes de juros do banco totalizaram 8,2 bilhões de reais no período, queda de 2,5% em relação ao trimestre anterior.

Inadimplência

O índice de inadimplência do Itaú de 15 a 90 dias cresceu 0,4 pontos percentuais até março, chegando a 4%.A alta é considerada normal pelo banco, principalmente pela época do ano. Já o índice de inadimplência superior a 90 dias caiu 0,3 pontos, atingindo 4,5%. “Trata-se do terceiro trimestre seguido que esse indicador cai e acreditamos que essa tendência de queda deve se manter nos próximos trimestres”, afirmou Calderón.

No período, as despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, as chamadas PDDs, totalizaram 3,8 bilhões de reais, queda de 14,9% em relação ao quarto trimestre de 2012 e de 22,9% na comparação anual.

Patrimônio e ativos

Os ativos totais do Itaú somaram 1,02 trilhão de reais até março, o número é 14,7% maior em relação ao mesmo período de 2012. Já o patrimônio líquido do banco foi de 74,4 bilhões de reais, alta de 2,6% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:BancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasInadimplênciaItaúItaúsaLucro

Mais de Negócios

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Um acordo de R$ 110 milhões em Bauru: sócios da Ikatec compram participação em empresa de tecnologia

Por que uma rede de ursinho de pelúcia decidiu investir R$ 100 milhões num hotel temático em Gramado

Mais na Exame