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Itaú, Bradesco e BTG avançam na América Latina

O BTG Pactual participou diretamente de 52 operações entre 2012 e 2013 na região e o Itaú está em curso para abrir uma corretora no México


	Bradesco: a divisão de banco de investimentos do Bradesco dobrou sua equipe no país nos últimos três anos para se fortalecer com esse movimento de regionalização do banco
 (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

Bradesco: a divisão de banco de investimentos do Bradesco dobrou sua equipe no país nos últimos três anos para se fortalecer com esse movimento de regionalização do banco (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 08h19.

São Paulo - O BTG Pactual participou diretamente de 52 operações entre 2012 e 2013, que incluem aberturas de capital e emissões de ações, envolvendo US$ 25 bilhões na América Latina. A estratégia do banco é se fortalecer ainda mais na região. Mas a instituição, comandada por André Esteves, não está sozinha.

O Itaú também traçou planos agressivos de expansão para a América Latina para seu negócio de banco de investimento. Com operações no Chile, Argentina, Peru e Colômbia, a instituição está em curso para abrir uma corretora no México. "Será ainda este ano", diz Jean-Marc Etlin, presidente da divisão de banco de investimento do Itaú BBA.

As mudanças regulatórias implementadas no México na área de óleo e gás, com a Pemex, petroleira local, a exemplo do que a Petrobras fez no Brasil, estão atraindo investidores para o país, afirma Etlin.

Avanço mexicano

Entre 2006 e 2011, o México respondeu por 6,3% do total de emissões de ofertas realizadas na América Latina - um total de 427 operações, envolvendo US$ 216 bilhões -, para 37,7% entre 2012 e 2013, período que movimentou US$ 52 bilhões, com 128 ofertas (aberturas de capital e emissões de ações).


O Brasil, no mesmo período de comparação, respondeu por 77,6% total das operações na região entre 2006 e 2011, e recuou para 39,2% entre 2012 e 2013.

Segundo o executivo do Itaú BBA, o investidor olha a região como um todo. "No início do ano passado, a percepção era de que haveria maiores operações (de emissões) no México, mas essa tendência se reverteu, voltando-se para o Brasil."

O BTG, antes mesmo de inaugurar sua estrutura no México, está em vias de concluir seu primeiro financiamento para um grupo mexicano, da ordem de US$ 200 milhões. "Estamos replicando a estrutura que temos no Brasil no México", diz Guilherme Paes, presidente da área de banco de investimentos do BTG.

"Até há pouco tempo, vários investidores internacionais eram cobrados para ter posições no Brasil. Hoje essa cobrança é mais voltada para empresas de setores específicos do País, do que para o Brasil", afirma Renato Ejnisman, diretor-gerente do Bradesco BBI, braço de banco de investimentos da instituição financeira.

A divisão de banco de investimentos do Bradesco dobrou sua equipe no País nos últimos três anos para se fortalecer com esse movimento de regionalização do banco.


"Depois da crise financeira global, houve um movimento de retorno das instituições financeiras aos seus países de origem", diz Ejnisman. "Isso abriu espaço para os três maiores bancos brasileiros avançarem na América Latina."

No ano passado, o Bradesco BBI coordenou uma emissão global da montadora Ford, nos Estados Unidos, que captou cerca de US$ 1 bilhão. "Hoje, entre 35% e 45% das transações do Bradesco são cross-border (fora da fronteira)", diz Ejnisman.

Embora conte com sua estrutura global, o Santander, de origem espanhola, também presta assessoria em transações de emissões a partir do Brasil. Ignacio Dominguez-Adame Bozzano, vice-presidente executivo de Global Banking e Markets do Santander no Brasil, vê o fluxo de negócios cada vez maior na América Latina. "A palavra de ordem para investimentos de maneira geral será seletividade", diz o executivo.

O ano de eleições no Brasil, segundo ele, não afugenta investidores. "O investidor olha os dados macro, como PIB, cenário de dólar, inflação", afirma.

Setores que deverão continuar demandados no Brasil, como negócios na área de saúde - com a maior renda da população e fragilidade nos serviços públicos - e educação deverão seguir firmes. "Não vejo uma redução das transações para este ano, mas similares aos do ano passado." O executivo também vê como firme maiores transações envolvendo países latino-americanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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