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Itambé processa Vigor em R$400 mi, diz fonte

Itambé está pedindo uma arbitragem, alegando que a Vigor causou 400 mi de reais em perdas quando assumiu um contrato de exportação que pertencia à Itambé

Vigor: questionou a aquisição em tribunais e em um processo de arbitragem. No entanto, uma corte reconheceu o acordo, mas impediu que o grupo francês assumisse a administração da Itambé (Vigor/Divulgação)

Vigor: questionou a aquisição em tribunais e em um processo de arbitragem. No entanto, uma corte reconheceu o acordo, mas impediu que o grupo francês assumisse a administração da Itambé (Vigor/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 17h34.

São Paulo - A Itambé Alimentos está processando sua antiga acionista Vigor Alimentos em 400 milhões de reais, segundo uma fonte com conhecimento do assunto.

A Itambé está pedindo uma arbitragem na Câmara de Comércio Brasil-Canadá, alegando que a Vigor causou 400 milhões de reais em perdas quando assumiu um contrato de exportação que pertencia anteriormente à Itambé.

A Vigor, que foi vendida pela J&F Investimentos ao mexicano Grupo Lala em agosto, não comentou imediatamente o assunto.

O contrato para vender leite em pó para a Venezuela, que a Itambé diz que foi transferido para a Vigor, tinha o valor de 5.800 dólares por tonelada, muito acima do preço local para o produto. A Vigor continuou a exportar o produto até janeiro de 2016, quando o contrato venceu, disseram as fontes.

A Itambém está cobrando pagamento da diferença entre o preço da tonelada no contrato e o preço no mercado doméstico, que foi pago para a Itambé depois que o contrato foi transferido para a Vigor.

Até dezembro do ano passado, a Vigor tinha uma participação de 50 por cento na Itambé, enquanto a cooperativa de produtores de leite CCPR detinha os outros 50 por cento.

A cooperativa assumiu a participação da Vigor após exercer seu direito de preferência e, no início de dezembro anunciou a venda de 100 por cento da Vigor para o francês Groupe Lactalis.

A Vigor questionou a aquisição em tribunais e em um processo de arbitragem. No entanto, uma corte reconheceu o acordo, mas impediu que o grupo francês assumisse a administração da Itambé.

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