Exame Logo

Investidor festeja lucro do 4º tri do BB, que promete mais

BB anunciou lucro líquido ajustado que somou 3,188 bilhões de reais no quarto trimestre, salto de 82,5 por cento ante mesmo período de 2016

Banco do Brasil: ainda previu aumento médio de 15 por cento do lucro ajustado neste ano, usando a mesma receita de 2017, menores despesas administrativas e com provisões para calotes (Fernando Lemos/VEJA)
R

Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 15h38.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2018 às 16h45.

São Paulo - O Banco do Brasil era destaque de alta na bolsa paulista nesta quinta-feira, com investidores reagindo à forte alta do lucro trimestral e a reafirmação dos planos do banco de elevar a rentabilidade para níveis próximos dos rivais privados.

"Ainda não estou satisfeito com nossa rentabilidade", disse a jornalistas o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli. "Ainda temos espaço para recuperar em relação aos nossos pares."

Veja também

O maior banco do país por ativos anunciou pela manhã que seu lucro líquido ajustado somou 3,188 bilhões de reais no quarto trimestre, salto de 82,5 por cento ante mesmo período de 2016. O lucro contábil avançou 222,7 por cento a 3,108 bilhões de reais.

Com isso, o retorno do BB sobre o patrimônio líquido, que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, deu um salto de 5,3 pontos percentuais ano a ano, chegando a 12,5 por cento em termos ajustados, o maior nível desde o terceiro trimestre de 2015.

Entre os principais rivais do BB, o Itaú Unibanco teve rentabilidade de 21,9 por cento no fim de 2017, enquanto o índice do Bradesco foi de 18,1 por cento e o do Santander Brasil chegou a 18,3 por cento.

Corte de custos

A melhora do resultado do BB foi apoiada sobretudo em corte de custos, já que a carteira de crédito teve contração de 3,8 por cento em 12 meses. A despesa com provisão para perdas com calotes somou 5,6 bilhões de reais, recuo de 24,7 por cento ano a ano, para o menor nível desde o terceiro trimestre de 2015.

A despesa administrativa, incluindo pagamento de salários, foi de 8,24 bilhões de reais no trimestre, montante 4,4 por cento menor do que um ano antes, na esteira de um ajuste que envolveu o fechamento de 660 agências e um programa de demissão voluntária de quase 10 mil empregados ao longo de 2017.

O banco ainda previu aumento médio de 15 por cento do lucro ajustado neste ano, usando a mesma receita de 2017: menores despesas administrativas e com provisões para calotes. A previsão para crescimento do crédito foi fixada no intervalo de 1 a 4 por cento.

"Estamos concluindo a limpeza em algumas carteiras", disse Caffarelli, antes de afirmar que espera queda dos índices de inadimplência do banco ao longo de 2018.

O conjunto dos resultados com as previsões para 2018 era celebrado por investidores, com as ações do BB subindo 3,72 por cento na B3 às 14:35, uma das líderes de alta do Ibovespa que subia 0,96 por cento no mesmo horário. No melhor momento do dia até o momento, as ações chegaram a subir 5,25 por cento, para o patamar recorde intradia de 43,28 reais.

"As previsões para 2018 indicam um sólido crescimento dos lucros apoiado sobretudo em menores custos com riscos e despesas controladas", afirmou em relatório a equipe de analistas liderada por Carlos Macedo.

 

Acompanhe tudo sobre:BB – Banco do BrasilInvestidores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame