Indústria se interessa por autoprodução de energia, diz GE
Empresa espera um crescimento de 20 a 25 % nas vendas de motores no mercado da América Latina em 2013, devido ao crescente interesse
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 17h45.
São Paulo - A General Electric espera um crescimento de 20 a 25 % nas vendas de motores no mercado da América Latina em 2013, em meio ao crescente interesse de indústrias e comércio na autoprodução de energia elétrica.
O setor elétrico passa por um momento de altos preços de energia no mercado de curto prazo, diante do forte acionamento de termelétricas, e empresas também buscam maior confiabilidade no fornecimento de eletricidade para evitar interrupções no atendimento pelas distribuidoras de energia.
A GE forneceu três motores a gás natural, no total de 12 megawatts (MW), para a unidade de engarrafamento da Coca-Cola Andina Brasil no Rio de Janeiro, que começam a operar em agosto, em contrato de 4,5 milhões de dólares.
O fornecimento para a planta, que será autossustentável em energia elétrica, foi fechado no ano passado, quando as vendas de motores da GE na América Latina caíram 8 % ante 2011, afetadas principalmente pela demanda na Argentina. Já no Brasil, houve crescimento de 5 vezes em relação a 2011, principalmente devido a projetos de biogás e cogeração.
"Nesse ano, temos uma perspectiva maior para demanda por motores a biogás", disse o diretor-executivo da divisão de motores a gás da GE Power & Water para a América Latina, Rodrigo Portes, à Reuters.
A viabilidade de projetos a gás natural estava sendo vista com cautela pelos consumidores interessados na autoprodução de energia no início deste ano. Altos preços do combustível e preocupações com indisponibilidade influenciavam a decisão, no momento em que o governo anunciava redução nas tarifas de energia dos consumidores de energia.
Atualmente, o principal mercado para motores da GE na América Latina é a Argentina, onde há demanda principalmente por equipamentos que utilizam gás associado ao petróleo, o chamado flare gas.
"Mas a grande alavanca do crescimento da região é o Brasil, principalmente com as fontes de biogás e cogeração", disse Portes.
Na cogeração, há a geração de energia elétrica e de outros produtos. No caso da unidade de engarrafamento da Coca-Cola no Rio de Janeiro, os motores irão fornecer energia e aquecimento para a fábrica, produção de água fria, dióxido de carbono (CO2), nitrogênio e auxílio nas operações de engarrafamento. Os motores começam a operar em agosto, quando iniciam a produção de CO2, e em dezembro começa a geração de energia elétrica.
"Temos problema de falta de energia muito grande, com frequência principalmente na época de chuva, que faz a nossa operação perder muito...Precisamos ter confiabilidade", disse o gerente industrial da Coca-Cola Andina Brasil e responsável pelo projeto de cogeração na fábrica, Nilson Alegre.
A Coca-Cola Andina firmou contrato com a Light Esco, empresa de serviços de conservação de energia do grupo Light, para a construção da planta de cogeração. A Light Esco investirá 85 milhões de reais na implantação da central de cogeração e será responsável pela instalação, operação e manutenção da central durante 15 anos. Depois do final do contrato, a planta poderá pertencer à Coca-Cola Andina Brasil.
"Os clientes, hoje em dia, querem soluções que lhes dê conforto do ponto de vista econômico e na garantia do suprimento energético", disse o superintendente executivo da Light Esco, Marco Antonio Donatelli, ao mencionar que o fornecimento de energia é garantido com a planta local, evitando quedas por interrupções na rede da distribuidora.
O projeto marca a entrada da Light Esco no segmento da cogeração de energia para o mercado industrial.
No contrato com a Coca-Cola Andina Brasil, a Light Esco garante o fornecimento de energia e dos outros produtos, à fábrica, de até 9,6 MW. O excedente pode ser vendido pela Light. Se a fábrica consumir abaixo do valor firmado em contrato, poderá vender o excedente da energia, segundo Alegre.
São Paulo - A General Electric espera um crescimento de 20 a 25 % nas vendas de motores no mercado da América Latina em 2013, em meio ao crescente interesse de indústrias e comércio na autoprodução de energia elétrica.
O setor elétrico passa por um momento de altos preços de energia no mercado de curto prazo, diante do forte acionamento de termelétricas, e empresas também buscam maior confiabilidade no fornecimento de eletricidade para evitar interrupções no atendimento pelas distribuidoras de energia.
A GE forneceu três motores a gás natural, no total de 12 megawatts (MW), para a unidade de engarrafamento da Coca-Cola Andina Brasil no Rio de Janeiro, que começam a operar em agosto, em contrato de 4,5 milhões de dólares.
O fornecimento para a planta, que será autossustentável em energia elétrica, foi fechado no ano passado, quando as vendas de motores da GE na América Latina caíram 8 % ante 2011, afetadas principalmente pela demanda na Argentina. Já no Brasil, houve crescimento de 5 vezes em relação a 2011, principalmente devido a projetos de biogás e cogeração.
"Nesse ano, temos uma perspectiva maior para demanda por motores a biogás", disse o diretor-executivo da divisão de motores a gás da GE Power & Water para a América Latina, Rodrigo Portes, à Reuters.
A viabilidade de projetos a gás natural estava sendo vista com cautela pelos consumidores interessados na autoprodução de energia no início deste ano. Altos preços do combustível e preocupações com indisponibilidade influenciavam a decisão, no momento em que o governo anunciava redução nas tarifas de energia dos consumidores de energia.
Atualmente, o principal mercado para motores da GE na América Latina é a Argentina, onde há demanda principalmente por equipamentos que utilizam gás associado ao petróleo, o chamado flare gas.
"Mas a grande alavanca do crescimento da região é o Brasil, principalmente com as fontes de biogás e cogeração", disse Portes.
Na cogeração, há a geração de energia elétrica e de outros produtos. No caso da unidade de engarrafamento da Coca-Cola no Rio de Janeiro, os motores irão fornecer energia e aquecimento para a fábrica, produção de água fria, dióxido de carbono (CO2), nitrogênio e auxílio nas operações de engarrafamento. Os motores começam a operar em agosto, quando iniciam a produção de CO2, e em dezembro começa a geração de energia elétrica.
"Temos problema de falta de energia muito grande, com frequência principalmente na época de chuva, que faz a nossa operação perder muito...Precisamos ter confiabilidade", disse o gerente industrial da Coca-Cola Andina Brasil e responsável pelo projeto de cogeração na fábrica, Nilson Alegre.
A Coca-Cola Andina firmou contrato com a Light Esco, empresa de serviços de conservação de energia do grupo Light, para a construção da planta de cogeração. A Light Esco investirá 85 milhões de reais na implantação da central de cogeração e será responsável pela instalação, operação e manutenção da central durante 15 anos. Depois do final do contrato, a planta poderá pertencer à Coca-Cola Andina Brasil.
"Os clientes, hoje em dia, querem soluções que lhes dê conforto do ponto de vista econômico e na garantia do suprimento energético", disse o superintendente executivo da Light Esco, Marco Antonio Donatelli, ao mencionar que o fornecimento de energia é garantido com a planta local, evitando quedas por interrupções na rede da distribuidora.
O projeto marca a entrada da Light Esco no segmento da cogeração de energia para o mercado industrial.
No contrato com a Coca-Cola Andina Brasil, a Light Esco garante o fornecimento de energia e dos outros produtos, à fábrica, de até 9,6 MW. O excedente pode ser vendido pela Light. Se a fábrica consumir abaixo do valor firmado em contrato, poderá vender o excedente da energia, segundo Alegre.