Incorporadora Rezek quer lançar R$1 bilhão em SP e no RJ em 2018
Grupo espera colocar no mercado cerca de 4 mil imóveis no estado de São Paulo e até 500 imóveis na capital carioca
Reuters
Publicado em 28 de maio de 2018 às 20h06.
São Paulo - A incorporadora do Grupo Rezek espera mais que duplicar os lançamentos de imóveis econômicos em 2018, atingindo cerca de 1 bilhão de reais em Valor Geral de Vendas (VGV) com empreendimentos concentrados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro .
"Estou muito confiante como empresário... A economia dá sinais de melhora e o mercado imobiliário está se recuperando, por mais que ainda não haja retomada de preços", afirmou nesta segunda-feira à Reuters o diretor-presidente da incorporadora, José Ricardo Lemos Rezek.
O Grupo Rezek espera lançar aproximadamente 4 mil unidades no Estado de São Paulo e até 500 na capital carioca este ano. Em 2017 a empresa lançou cerca de 2 mil unidades no Estado de São Paulo.
Entre os projetos mais recentes, a incorporadora lançou o chamado Reserva Raposo, um megacondomínimo com imóveis enquadrados nas faixas 1, 2 e 3 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
O empreendimento prevê a entrega de um total de 17.960 apartamentos, além de seis creches, uma escola de ensino básico, dois parques públicos, duas unidades básicas de saúde, um centro de terceira idade, uma biblioteca, um auditório público e um terminal rodoviário. O VGV total do empreendimento é de cerca de 5 bilhões de reais, segundo a companhia.
"O governo cede áreas doadas e nós construímos toda essa infraestrutura", explicou Verena Arantes Balas, diretora de incorporação, acrescentando que a escala do projeto permite a diluição dos custos de construir instalações para serviços públicos.
A companhia já tem contratos assinados para as primeiras 1.200 unidades lançadas, mas teve que interromper as obras depois de uma ação popular aberta no fim do ano passado pelo vereador Gilberto Natalini (PV/SP), envolvendo questões de territorialidade e, consequentemente, o licenciamento ambiental.
O prejuízo com a paralisação das obras é estimado em 3,5 milhões de reais por mês, segundo o diretor-presidente da Rezek. "São 12 mil empregos deixando de ser gerados", disse.
Na avaliação dele, a insegurança jurídica e o desemprego são os principais desafios para o setor imobiliário no curto prazo. Apesar disso, o executivo avalia que o segmento de imóveis econômicos seguirá resiliente em função do elevado déficit habitacional no país.
A Rezek aguarda aprovação para um outro megacondomínio de 26 mil moradias das faixas 1, 2 e 3 do MCMV em Brasília, no qual pretende desembolsar cerca de 250 milhões de reais.
A previsão é que o projeto seja aprovado no primeiro semestre do ano que vem. Se materializado, será o maior empreendimento de Minha Casa Minha Vida do Brasil.
Em 2017, a MRV, maior construtora de imóveis econômicos do país, lançou 37.155 unidades em todo o país, o equivalente a um VGV de 5,6 bilhões de reais.