Impasse entre Ecovix e BB pode atrasar plataformas
A Ecovix poderá atrasar a entrega à Petrobras de cascos de plataformas que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos, devido dificuldade em obter recursos do BB
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2016 às 18h41.
Rio de Janeiro - A Ecovix, do grupo Engevix, poderá atrasar a entrega à Petrobras de cascos de plataformas que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos, devido a uma dificuldade da fornecedora de obter recursos por meio do Banco do Brasil , o que estaria travando negociações com a estatal para aditivos aos contratos.
A empresa, uma das envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato e que passa por dificuldades financeiras, venceu em 2010 um contrato para construir oito cascos para entrega até 2018, dos quais quatro já foram entregues.
Para a continuidade da obra, a Ecovix está negociando a obtenção de aditivos com a Petrobras para o contrato, disse à Reuters o diretor interino jurídico do estaleiro, Gabriel Freire, sem entrar em detalhes sobre valores.
"Hoje os contratos são deficitários, eles precisam de uma nova injeção de recursos, e o que está sendo negociado entre a Petrobras e a Ecovix é exatamente o reajuste desses contratos para poder viabilizar a conclusão das obras", afirmou Freire, nesta quarta-feira.
A Ecovix tem uma dívida de cerca de 140 milhões de reais com Banco do Brasil oriunda do Programa Progredir, da petroleira, no qual empresas da cadeia de suprimentos da estatal podem obter empréstimos junto a bancos parceiros, tendo como garantia os contratos assinados com a companhia.
"Enquanto não destravar o impasse com o Banco do Brasil, a gente não consegue evoluir (na negociação dos aditivos com a Petrobras)", afirmou Freire, que também é reestruturador parceiro da equipe do Brasil Plural, responsável pela reestruturação da dívida da Ecovix.
"A gente ainda está tentando trabalhar com as metas contratuais, mas existe a possibilidade de atraso", afirmou. Até o momento, segundo Freire, quatro cascos de plataformas já foram entregues: P-66, P-67, P-68 e P-69.
Outros quatro cascos ainda faltam ser entregues para a montagem das plataformas P-70, P-71, P-72 e P-73. As plataformas P-70 e P-71 serão utilizadas nos campos descobertos no bloco BM-S-11, operado pela Petrobras (65 por cento de participação), BG (adquirida pela Shell, com 25 por cento) e Petrogal. P-72 e P-73 deverão ser usadas em projetos postergados pela Petrobras, que entrarão em operação após 2020.
Além do contrato com a Petrobras, a Ecovix assinou contrato para a construção de três navios sonda, com a Sete Brasil, em recuperação judicial.
"A gente está trabalhando junto a todos os credores para negociar um plano de renegociação da dívida, e por enquanto a gente não tem nenhuma previsão de migrar para algo mais radical como uma recuperação judicial", completou Freire.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente pedidos de comentários. O Banco do Brasil afirmou que não comentará o assunto devido a sigilo bancário e comercial.
Uma fonte a par das negociações informou que o impasse na negociação financeira deve-se a discordâncias entre credor e tomador sobre eventuais atrasos no pagamento de parcelas por parte da Engevix.
Rio de Janeiro - A Ecovix, do grupo Engevix, poderá atrasar a entrega à Petrobras de cascos de plataformas que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos, devido a uma dificuldade da fornecedora de obter recursos por meio do Banco do Brasil , o que estaria travando negociações com a estatal para aditivos aos contratos.
A empresa, uma das envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato e que passa por dificuldades financeiras, venceu em 2010 um contrato para construir oito cascos para entrega até 2018, dos quais quatro já foram entregues.
Para a continuidade da obra, a Ecovix está negociando a obtenção de aditivos com a Petrobras para o contrato, disse à Reuters o diretor interino jurídico do estaleiro, Gabriel Freire, sem entrar em detalhes sobre valores.
"Hoje os contratos são deficitários, eles precisam de uma nova injeção de recursos, e o que está sendo negociado entre a Petrobras e a Ecovix é exatamente o reajuste desses contratos para poder viabilizar a conclusão das obras", afirmou Freire, nesta quarta-feira.
A Ecovix tem uma dívida de cerca de 140 milhões de reais com Banco do Brasil oriunda do Programa Progredir, da petroleira, no qual empresas da cadeia de suprimentos da estatal podem obter empréstimos junto a bancos parceiros, tendo como garantia os contratos assinados com a companhia.
"Enquanto não destravar o impasse com o Banco do Brasil, a gente não consegue evoluir (na negociação dos aditivos com a Petrobras)", afirmou Freire, que também é reestruturador parceiro da equipe do Brasil Plural, responsável pela reestruturação da dívida da Ecovix.
"A gente ainda está tentando trabalhar com as metas contratuais, mas existe a possibilidade de atraso", afirmou. Até o momento, segundo Freire, quatro cascos de plataformas já foram entregues: P-66, P-67, P-68 e P-69.
Outros quatro cascos ainda faltam ser entregues para a montagem das plataformas P-70, P-71, P-72 e P-73. As plataformas P-70 e P-71 serão utilizadas nos campos descobertos no bloco BM-S-11, operado pela Petrobras (65 por cento de participação), BG (adquirida pela Shell, com 25 por cento) e Petrogal. P-72 e P-73 deverão ser usadas em projetos postergados pela Petrobras, que entrarão em operação após 2020.
Além do contrato com a Petrobras, a Ecovix assinou contrato para a construção de três navios sonda, com a Sete Brasil, em recuperação judicial.
"A gente está trabalhando junto a todos os credores para negociar um plano de renegociação da dívida, e por enquanto a gente não tem nenhuma previsão de migrar para algo mais radical como uma recuperação judicial", completou Freire.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente pedidos de comentários. O Banco do Brasil afirmou que não comentará o assunto devido a sigilo bancário e comercial.
Uma fonte a par das negociações informou que o impasse na negociação financeira deve-se a discordâncias entre credor e tomador sobre eventuais atrasos no pagamento de parcelas por parte da Engevix.