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Ikea se torna urbana com primeira loja no centro de Hamburgo

Projeto mira um crescente número de moradores que evitam a longa viagem às suas lojas tradicionais

Consumidores fazendo compras em uma loja da Ikea em Tóquio, no Japão (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 23h30.

Hamburgo - A Ikea se tornou a maior varejista de móveis do mundo fazendo com que compradores fossem de carro até enormes hipercentros nos subúrbios de cidades como Estocolmo e Xangai. A partir de hoje, para os moradores de Hamburgo é só ir andando pela rua principal.

A rede sueca abriu sua primeira loja no centro de uma cidade em Altona, o mais a oeste dos sete bairros de Hamburgo , em um projeto piloto que mira um crescente número de moradores da cidade que evitam a longa viagem às suas lojas tradicionais com a marca azul e amarela.

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A abertura da loja, que custará 80 milhões de euros (US$ 109 milhões), é uma experiência para a Ikea, que abrirá novos territórios no seu maior mercado, disse Johannes Ferber, diretor de gestão que lidera a expansão da Ikea na Alemanha.

“É uma experiência muito cara para nós, mas queremos saber se o conceito de loja em uma cidade funciona”, disse ele. “Altona poderia servir de modelo para outras grandes cidades, como Berlim”.

O empreendimento faz parte de uma tendência mais ampla entre os varejistas de ocupar centros urbanos, enquanto empresas como Tesco Plc e Carrefour SA estão abrindo lojas menores no centro.

As fabricantes de carros também estão descobrindo os centros das cidades. Neste mês, a Daimler AG abriu sua primeira loja Mercedes Me, também em Hamburgo, com um bistrô, uma área de galerias e um único carro em exibição.

Loja abandonada

A Ikea, que possui 356 lojas no mundo inteiro, tem 49 centros na Alemanha.

A loja em Altona é a terceira na cidade portuária, a segunda maior cidade da Alemanha e a mais rica do país em termos de PIB per capita, segundo estatísticas compiladas pela autoridade local de desenvolvimento comercial.

A decisão de localizar a loja em Altona foi tomada porque a varejista queria ter mais uma loja em Hamburgo, disse Ferber. A empresa foi procurada pela prefeitura local, que ofereceu o lugar que estava abandonado há mais de seis anos, disse ele.

A varejista espera uma média de 4.000 clientes por dia útil e aproximadamente o dobro aos sábados e em outros dias de pico, em comparação com até 12.000 em lojas em Munique e Berlim, disse ele.

Bicicletas emprestadas

A Ikea emprestará bicicletas de carga e os clientes podem pedir reboques para bicicleta de graça para levar suas compras para casa se os devolverem três horas depois.

Como alternativa, os clientes podem contratar entregadores de bicicleta a um preço inicial de 9,90 euros para fazer o trabalho físico de carregar as compras até suas casas, incluindo caixas maiores com móveis, segundo a empresa.

“É um grande desafio para nós, pois precisávamos de um bom conceito de trânsito e de serviço para levar os produtos para as casas dos clientes em um período curto de tempo”, disse Ferber.

A Ikea também adaptou sua seleção de produtos em Altona aos 150.000 potenciais clientes que moram em um raio de 3 quilômetros da loja, incluindo prateleiras, caixas e cestas.

Funcionários locais visitaram cerca de 200 apartamentos na área para avaliar as necessidades dos clientes, disse Ferber.

A abertura da loja gerou oposição entre alguns moradores, que expressaram suas críticas colocando cartazes com a frase “Kill Billy” em postes de luz, em referência às conhecidas prateleiras Billy da Ikea, com medo de que a abertura da loja infle aluguéis e preços de propriedades.

Em janeiro de 2010, os defensores da abertura organizaram um plebiscito em Altona.

Setente e sete por cento dos participantes se pronunciaram a favor da loja. “Se o índice de aprovação tivesse sido somente de 51 por cento, talvez tivéssemos nos retirado, mas como obtivemos essa maioria confortável resolvemos pôr mãos à obra”, disse Ferber.

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