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IBM e SAP firmam parceira no ramo de computação em nuvem

Meta do acordo é acompanhar uma nova geração de concorrentes na área


	Computação em nuvem: com o sistema, os softwares e dados podem ser armazenados em servidores remotos em vez de serem instalados no local
 (Getty Images)

Computação em nuvem: com o sistema, os softwares e dados podem ser armazenados em servidores remotos em vez de serem instalados no local (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 14h47.

Nova York - As gigantes da tecnologia IBM e SAP SE, que estão no negócio há combinados 145 anos, firmaram uma parceria no ramo de computação em nuvem para ajudá-las a acompanhar uma nova geração de concorrentes.

A International Business Machines Corp., fundada em 1911, deixará a SAP utilizar seus centros de dados para que a empresa de softwares alemã possa oferecer seu banco de dados e sistema de análises Hana Enterprise Cloud aos clientes por meio da internet.

Isso gera receita com computação em nuvem para a IBM para compensar a queda na demanda por hardware, que prejudicou as vendas nos últimos nove trimestres seguidos. Enquanto isso, a SAP ganhará escala e agilidade para distribuir seu software pela internet, como fazem as concorrentes Salesforce.com Inc. e Workday Inc., e economizar para os clientes o custo e o incômodo de manter os servidores locais.

“Mais desses clientes estão desejando rodar esses aplicativos fundamentais no ambiente da nuvem para impulsionar um custo menor de propriedade e a agilidade do negócio”, disse Kevin Ichhpurani, vice-presidente sênior e chefe de desenvolvimento de negócio e ecossistema estratégico da SAP, em uma entrevista. “Considerando esse pico na demanda, nós precisamos reagir mais rapidamente”.

A parceria com a IBM, que tem sede em Armonk, Nova York, permite à SAP oferecer seus produtos Hana por meio da nuvem sem precisar focar na construção de seus próprios centros de dados, que precisam cumprir com regulações de dados e segurança. O software entregue pela nuvem estará disponível de forma limitada no quarto trimestre e será lançado de forma plena no ano que vem, disse Ichhpurani.

Quando as empresas avançam para a computação em nuvem, os softwares e dados podem ser armazenados em servidores remotos em vez de serem instalados no local. Antigamente, muitos produtos de software eram vendidos aos clientes por meio de um modelo de licenciamento, no qual os clientes pagavam adiantado pelo direito de usarem as ferramentas por um determinado período de tempo.

Dificuldades na nuvem

Com os serviços baseados na nuvem, muitos programas são do tipo pague quanto usar, dando aos clientes a oportunidade de serem mais eficientes e reduzirem os pagamentos totais.

A IBM tem enfrentado dificuldades para acompanhar a mudança na indústria, levando a CEO Ginni Rometty a comprar a SoftLayer Technologies Inc. em 2013 para refazer seu negócio de nuvem. Neste ano, ela destinou mais US$ 1,2 bilhão para reforçar seus centros de dados e produtos em um momento em que a empresa compete por clientes com a Amazon.com Inc., a Microsoft Corp. e a Oracle Corp.

“Os recursos que construímos -- a SoftLayer e a implementação de uma presença global -- estão compensando bastante”, disse Erich Clementi, vice-presidente sênior da IBM para serviços de tecnologia globais, em entrevista.

Contudo, os produtos de nuvem da IBM fornecidos como serviço estavam em uma taxa anual de US$ 2,8 bilhões no segundo trimestre -- uma fração do total de US$ 100 bilhões em receita da IBM no ano passado.

A IBM preferiu não dizer quanto de receita espera produzir com a parceria com a SAP.

Investindo tudo

Enquanto isso, o CEO da SAP, Bill McDermott, está lidando com um desafio similar, buscando aumentar a receita com softwares para empresas entregues por meio da internet em um momento de crescimento vacilante das ferramentas tradicionais para gestão de finanças e logística. E ele está investindo tudo para atingir esse objetivo.

No mês passado, a SAP, que tem sede em Walldorf, Alemanha, comprou a fornecedora de software de viagens de negócios Concur Technologies Inc. por US$ 7,4 bilhões, a maior aquisição na história de 42 anos da companhia. A maior parte da pesquisa e do desenvolvimento próprios da empresa nos últimos anos se concentrou em seu produto Hana.

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