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Hypermarcas vai manter o ritmo de aquisições

Com um salto de 68% nas vendas depois de nove aquisições nos últimos meses, companhia quer ampliar ainda mais portfólio de marcas

Bergamo, da Hypermarcas: aquisições demoram até três anos para dar retorno (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - "Não vamos tirar o pé do acelerador", disse Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, em teleconferência realizada nesta terça-feira (11), sobre os resultados do primeiro trimestre do ano ( clique aqui para ler a cobertura do evento ). "A velocidade de nossas aquisições depende de encontrarmos oportunidades corretas e que não sejam arriscadas demais."

O ritmo "compra-tudo" que caracteriza a companhia é sempre alvo de questionamentos por parte dos analistas, principalmente agora que a empresa finalizou nove aquisições nos últimos dois trimestres. Só neste ano, foram quatro, que somaram 852 milhões de reais: Luper, Sapeka, York e SaniFill.

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A Luper será complementar ao portfólio da Neo Química. A Sapeka, líder em fraldas infantis no nordeste, complementa o posicionamento de preços da PomPom. O investimento na York, líder em higiene pessoal, marca a entrada em novas categorias de produtos descartáveis. Com a SaniFill, a Hypermarcas estreia no segmento de higiene oral.

Tanto apetite fez da Hypermarcas a maior empresa brasileira de bens de consumo com 135 marcas em seu portfólio - superando a concorrente Unilever. As novas aquisições aliadas ao aquecido mercado de varejo contribuíram para o salto de 68% nas vendas e de 71% na receita líquida.

Claudio ressalta o bom momento da economia brasileira que favoreceu os negócios. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 178,8 milhões de reais foi o recorde histórico da companhia.

O destaque do desempenho de vendas foi para o segmento de medicamentos, com crescimento de 102%. Beleza e higiene pessoal é o segundo setor mais importante, com crescimento de 84% - resultado das aquisições feitas no ano passado. Higiene e limpeza, no entanto, apresentou queda de 4%, com 54,9 milhões de reais por conta do reajuste de preços.

Apesar de tantos números positivos, a companhia registrou recuo de 19% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado, somando 62,1 milhões de reais. O decréscimo foi causado pelas novas regras contábeis, que somaram 38,7 milhões de reais em Imposto de Renda e CSLL, além de variação cambial e ajustes a valor presente de 27,5 milhões.

Sobre as novas aquisições, Claudio Bergamo diz que há um período de dois a três anos para a implantação de estratégia de produto/mercado, campanhas publicitárias e distribuição. É a chamada fase 3 dos negócios da Hypermarcas que deve acelerar os resultados. Passam por essa fase agora marcas como Bozzano e Monange, que dobraram de tamanho no trimestre.

A empresa investe na gestão das vendas, transição societária e integração de sistemas das marcas Olla, Jontex, PomPom e NeoQuímica, compradas no ano passado. Tantas aquisições só tem a beneficiar a empresa. "Como estamos bastante diversificados, nossos resultados financeiros são garantidos", diz ele, enquanto não mira no próximo alvo.

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