Huawei: companhia espera que a receita de seu negócio corporativo alcance 10 bilhões de dólares em cinco anos (AFP / Aaron Tam)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2014 às 12h13.
Shenzhen - A chinesa Huawei Technologies, segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicação do mundo, descartou nesta quarta-feira preocupações de analistas de que seu crescimento vai sofrer com relatos na mídia que alegam que os Estados Unidos acessaram servidores em sua sede em Shenzhen.
O New York Times e o Der Spiegel citaram no mês passado documentos vazados pelo ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA Edward Snowden, que diziam que a agência obteve dados sensíveis e monitorou as comunicações de executivos da Huawei.
Analistas em uma conferência em Shenzhen levantaram preocupações sobre o negócio da Huawei sofrer impacto de receios sobre a segurança de seus produtos, após as matérias dos jornais.
Mas Eric Xu, vice-presidente executivo da Huawei e um de seus presidentes-executivos rotativos, expressou confiança de que a Huawei, que há tempos enfrenta acusações de parlamentares norte-americanos de que é uma ferramenta da espionagem estatal chinesa, não será afetada negativamente.
"Sobre a NSA ... não tem um grande impacto sobre o crescimento do negócio", disse Xu para a conferência com analistas em Shenzhen nesta quarta-feira.
"Mas tem um impacto sobre a carga de trabalho, em se comunicar com e convencer os atuais interessados no mercado (de que os produtos são seguros), e isso é mais cansativo".
A Huawei espera que a receita de seu negócio corporativo alcance 10 bilhões de dólares em cinco anos, disse Xu, ante cerca de 2,45 bilhões de dólares em 2013.