Negócios

HSBC cortará até 14.000 empregos em guerra contra custos

Banco vai redobrar esforços para redução de custos numa estratégia para impulsionar o lucro e aumentar dividendos diante de fraco desempenho de receitas


	Agência do HSBC em Nova York: instituição informou que o número de funcionários poderá cair para entre 240 mil e 250 mil até 2016 ante 254 mil atualmente
 (Andrew Burton/Getty Images)

Agência do HSBC em Nova York: instituição informou que o número de funcionários poderá cair para entre 240 mil e 250 mil até 2016 ante 254 mil atualmente (Andrew Burton/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 10h53.

Hong Kong/Londres - O HSBC, maior banco da Europa, vai redobrar esforços para redução de custos e vai cortar até 14 mil postos de trabalho no mundo, numa estratégia para impulsionar o lucro e aumentar dividendos diante de fraco desempenho de receitas.

A instituição informou que o número de funcionários poderá cair para entre 240 mil e 250 mil até 2016 ante 254 mil atualmente, quando desinvestimentos e cortes de custos anunciados produzirão efeito. O banco não informou onde os cortes adicionais serão feitos, afirmando apenas que serão "dispersos ao redor do mundo".

O banco com sede em Londres está buscando até 3 bilhões em economias anuais adicionais até 2016, além dos 4 bilhões de dólares já alcançados. Porém, o crescimento lento fora da Ásia, particularmente na Europa, significa que uma importante meta para que os custos fiquem abaixo de 52 por cento da receita foi descartada.

O novo objetivo é manter a proporção perto de 55 por cento, mesmo nível de 2010 - um ano antes de o presidente-executivo, Stuart Gulliver, assumir o cargo e iniciar uma revisão radical das atividades do banco, que foi criticado no passado por "plantar bandeiras" ao redor do mundo.

"Estamos claramente atingindo os custos, mas estamos perdendo na relação de eficiência de custo por causa da receita, o que para nós é difícil controlar", disse Gulliver a jornalistas.

"Precisamos ter uma meta de eficiência de custo que seja realista, então estamos dizendo para olharem para nossos pares, eles estão todos níveis elevados do patamar de 50 por cento ou em níveis baixos do patamar de 60 por cento, seja JPMorgan, Citi, Standard Chartered ou Barclays", disse o executivo.

Ex-chefe do banco de investimento do HSBC, Gulliver já cortou 46 mil empregos do grupo e vendeu ou fechou 52 operações, incluindo uma participação minoritária na seguradora chinesa Ping An e seus cartões de crédito nos Estados Unidos.

Tais negócios reduziram seus ativos em 95 bilhões de dólares e geraram ganhos que totalizaram cerca de 8 bilhões de dólares.

"Não estamos nem na metade do caminho para destravar valor no HSBC. A estratégia não está mudando, está funcionando", disse Gulliver a analistas.

A ação do banco acumula valorização de cerca de 13 por cento desde o início de 2011, ante queda de 9 por cento do setor.

Acompanhe tudo sobre:BancosCortes de custo empresariaisDemissõesDesempregoEmpresasEmpresas inglesasFinançasgestao-de-negociosHSBC

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados