Hotéis não devem se preocupar com Airbnb, diz Morgan Stanley
Segundo os analistas da Morgan Stanley, as companhias de viagem têm muito mais a perder do que os hotéis em relação à Airbnb
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 14h39.
São Paulo - A Hilton, a Marriott e outras redes de hotéis podem respirar aliviadas em relação à arrivista Airbnb, mas as agências de viagens on-line (AVO) têm motivos para se preocupar. Pelo menos essa é a conclusão dos analistas do Morgan Stanley em uma nova nota técnica.
Segundo o documento, baseado em uma pesquisa com cerca de 4.000 viajantes, companhias como Expedia e Priceline têm muito mais a perder do que os hotéis em relação à Airbnb. Os analistas, liderados por Brian Nowak, têm três motivos para pensarem assim:
1. A Airbnb está mais orientada às viagens de lazer do que às de negócios.
O Morgan Stanley entende que a Airbnb ainda é utilizada em grande parte para viagens de lazer, o que coloca a empresa em uma concorrência mais direta com as AVO do que com os hotéis, que obtêm uma parcela importante das suas reservas com viajantes de negócios. Segundo conclusões da pesquisa, só 42% dos clientes da Airbnb estão descartando hotéis tradicionais e a vasta maioria dos hóspedes da Airbnb se hospeda por três a cinco noites.
2. A Airbnb também atrai clientes de categorias não hoteleiras.
Contudo, não são só os clientes de hotéis que usam a Airbnb. Cerca de 36% dos clientes da empresa estão optando por ela em vez de se hospedarem em alojamentos com café da manhã e 31% usam a Airbnb em vez de ficarem com amigos e familiares.
3. Se a Airbnb canibalizar a demanda por hotéis, ela prejudicará mais as agências de viagens que os hotéis.
Para o Morgan Stanley, se a Airbnb começar a prejudicar a demanda pelos hotéis, estes começariam a trabalhar diretamente com a empresa, desta forma prejudicando mais as AVO que os hotéis.
De fato, existe uma diferença muito grande entre o que a Airbnb cobra dos hóspedes e o que as AVO cobram dos hotéis, explica o banco. Segundo a empresa, atualmente as AVO cobram de 12 a 18% pelas transações, ao passo que a Airbus cobra 3%.
Assim, a Airbnb poderia aumentar a taxa que cobra e continuar sendo liquidamente positiva para os hotéis.
Mesmo se a Airbnb oferecesse aos hotéis uma comissão que seja o triplo da sua taxa padrão, isto seria positivo para os hotéis, o que provavelmente levaria a uma redução dos custos médios de aquisição de clientes e lhes daria uma posição mais vantajosa frente às AVO. Basta dizer que isso seria mais um fator negativo para o setor de AVO.
“Acreditamos que os investidores superestimam a ameaça da Airbnb aos hotéis (...), mas subestimam a ameaça dela para as AVO”, conclui o Morgan Stanley.
São Paulo - A Hilton, a Marriott e outras redes de hotéis podem respirar aliviadas em relação à arrivista Airbnb, mas as agências de viagens on-line (AVO) têm motivos para se preocupar. Pelo menos essa é a conclusão dos analistas do Morgan Stanley em uma nova nota técnica.
Segundo o documento, baseado em uma pesquisa com cerca de 4.000 viajantes, companhias como Expedia e Priceline têm muito mais a perder do que os hotéis em relação à Airbnb. Os analistas, liderados por Brian Nowak, têm três motivos para pensarem assim:
1. A Airbnb está mais orientada às viagens de lazer do que às de negócios.
O Morgan Stanley entende que a Airbnb ainda é utilizada em grande parte para viagens de lazer, o que coloca a empresa em uma concorrência mais direta com as AVO do que com os hotéis, que obtêm uma parcela importante das suas reservas com viajantes de negócios. Segundo conclusões da pesquisa, só 42% dos clientes da Airbnb estão descartando hotéis tradicionais e a vasta maioria dos hóspedes da Airbnb se hospeda por três a cinco noites.
2. A Airbnb também atrai clientes de categorias não hoteleiras.
Contudo, não são só os clientes de hotéis que usam a Airbnb. Cerca de 36% dos clientes da empresa estão optando por ela em vez de se hospedarem em alojamentos com café da manhã e 31% usam a Airbnb em vez de ficarem com amigos e familiares.
3. Se a Airbnb canibalizar a demanda por hotéis, ela prejudicará mais as agências de viagens que os hotéis.
Para o Morgan Stanley, se a Airbnb começar a prejudicar a demanda pelos hotéis, estes começariam a trabalhar diretamente com a empresa, desta forma prejudicando mais as AVO que os hotéis.
De fato, existe uma diferença muito grande entre o que a Airbnb cobra dos hóspedes e o que as AVO cobram dos hotéis, explica o banco. Segundo a empresa, atualmente as AVO cobram de 12 a 18% pelas transações, ao passo que a Airbus cobra 3%.
Assim, a Airbnb poderia aumentar a taxa que cobra e continuar sendo liquidamente positiva para os hotéis.
Mesmo se a Airbnb oferecesse aos hotéis uma comissão que seja o triplo da sua taxa padrão, isto seria positivo para os hotéis, o que provavelmente levaria a uma redução dos custos médios de aquisição de clientes e lhes daria uma posição mais vantajosa frente às AVO. Basta dizer que isso seria mais um fator negativo para o setor de AVO.
“Acreditamos que os investidores superestimam a ameaça da Airbnb aos hotéis (...), mas subestimam a ameaça dela para as AVO”, conclui o Morgan Stanley.