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Honda e L'Oréal trocam Argentina por Brasil, diz Bolsonaro. Não é bem isso

Honda havia anunciado em agosto que vai parar de produzir automóveis em sua fábrica na Argentina a partir de 2020

Jair Bolsonaro: "A nova confiabilidade do investidor vem para gerar mais empregos e maior giro econômico em nosso país" (José Dias/PR/Flickr)
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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 09h02.

Última atualização em 6 de novembro de 2019 às 11h23.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, em publicação no Twitter, que as multinacionais Honda e L'Oréal decidiram trocar instalações na Argentina pelo Brasil, citando uma "nova confiabilidade do investidor" no país que ajudará a criar novos empregos.

Bolsonaro disse que a fabricante norte-americanas de motores MWM também decidiu trocar a Argentina, que nos últimos anos tem atravessado uma crise econômica, pelo Brasil.

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"MWM, fábrica de motores americanos, a Honda, gigante de automóveis, e a L'Oréal, anunciaram o fechamento de suas fábricas na Argentina e instalação no Brasil. A nova confiabilidade do investidor vem para gerar mais empregos e maior giro econômico em nosso país", disse Bolsonaro no Twitter. A publicação já foi apagada.

A L'Oréal informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o fechamento da fábrica na Argentina ocorreu em 2001, há 18 anos, e que não há nenhuma mudança recente envolvendo as operações da fabricante no país.

A Honda anunciou em agosto, antes da eleição de Alberto Fernández para a presidência do país, que vai parar de produzir automóveis em sua fábrica na Argentina a partir de 2020. Ela não fechará a fábrica no país, mas sim irá focar a unidade local apenas em montagem de motocicletas.

A MWM confirmou a informação. Em outubro, a fabricante de motores encerrou suas operações na Argentina, na cidade de Córdoba, que eram mantidas desde 1996.

"Infelizmente, apesar de várias iniciativas para alavancar a produção local de motores e componentes e, recentemente, grupos geradores de energia, a continuidade das operações da empresa se tornou
inviável, considerando os baixos volumes para atender à demanda do mercado local", informou a companhia em comunicado. O suporte para os produtos MWM no Mercosul passam a ser feitos através das operações no Brasil.

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