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Hering reforma lojas para ampliar venda por metro quadrado

Varejo de moda do Brasil começa a receber mais nomes internacionais

Loja da Hering: nova Hering Store dá mais exposição aos produtos básicos e reserva mais espaço para promoções (Divulgação/Hering)

Loja da Hering: nova Hering Store dá mais exposição aos produtos básicos e reserva mais espaço para promoções (Divulgação/Hering)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 16h38.

São Paulo - A Cia Hering reabriu nesta semana a segunda loja Hering Store que segue um novo projeto arquitetônico com foco em ampliar as vendas por metro quadrado, conforme o varejo de moda do Brasil começa a receber mais nomes internacionais.

As mudanças na unidade do Shopping Morumbi, em São Paulo, mostram diferenças em relação à primeira loja reformada sob o novo projeto, que ficou pronta em agosto de 2013, também na capital paulista.

A nova Hering Store dá mais exposição aos produtos básicos e reserva mais espaço para promoções, ajustes feitos em um momento em que a companhia luta para aumentar as vendas nas mesmas lojas, com observadores de mercado avaliando que Hering não estaria mais sendo percebida pelo público como uma marca de peças acessíveis.

"Imaginamos que a gente conseguirá, através do projeto de loja, uma venda por metro quadrado melhor", disse o diretor comercial da varejista, Ronaldo Loos.

"A demanda por aumento das vendas nas mesmas lojas é uma necessidade principalmente quando você fala de custos crescentes ... e o modelo de projeto de loja é um dos pilares importantes", afirmou.

Principal marca da companhia brasileira, a Hering elevou as vendas brutas em 12 por cento no ano passado, a 1,5 bilhão de reais, mas teve um recuo de 0,6 por cento no critério mesmas lojas, um indicador acompanhado de perto pelo mercado por apontar o avanço orgânico do faturamento, com base nas unidades em operação há pelo menos um ano.

Apesar de enxergar um cenário macroeconômico mais difícil que o visto no último ciclo de reformas das lojas da Hering, ocorrido entre 2006 e 2007, o executivo pontuou que a atualização dos pontos de venda é crucial para o varejo de moda.


"(O ambiente macroeconômico) não pode ser inibidor para você fazer esse movimento", disse Loos. "Você não pode envelhecer na visão do consumidor, tem que estar atualizado com tudo." Nesse contexto, um próximo ciclo de renovação deverá ser implementado num prazo mais curto, em quatro a cinco anos, afirmou o executivo.

Loos também reconheceu que o aumento de competidores é um dos fatores que pressiona por mudanças nas lojas, com o consumidor brasileiro "se atualizando muito mais rápido que no passado, seja pela concorrência, pela mídia, seja por viagens".

Entre as varejistas de moda que passaram a operar no Brasil recentemente, estão nomes como o da norte-americana Forever 21, que chegou com uma agressiva proposta de preço, e o da também norte-americana Gap, famosa por suas peças básicas.

Segundo Loos, todas as 70 lojas Hering Store que deverão ser inauguradas neste ano adotarão o novo projeto arquitetônico. A expectativa da Cia Hering é que outros 20 a 25 pontos já existentes da marca sejam renovados ainda em 2014, acrescentou o executivo, sem revelar investimentos.

Às 11h02, as ações da Cia Hering exibiam alta de 0,64 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 0,5 por cento. No ano até a quarta-feira, as ações da companhia acumulam desvalorização de 15,75 por cento enquanto o Ibovespa registra recuo de 0,60 por cento.

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