Negócios

Herdeiro da Samsung será colocado em liberdade condicional

De acordo com a Forbes, Lee Jae-yong é a 188ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 12,4 bilhões

Lee Jae-yong: herdeiro da Samsung foi condenado por corrupção e por desvio de fundos. (Jung Yeon-Je/Pool/Reuters)

Lee Jae-yong: herdeiro da Samsung foi condenado por corrupção e por desvio de fundos. (Jung Yeon-Je/Pool/Reuters)

A

AFP

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 11h42.

O herdeiro e chefe de fato da Samsung, Lee Jae-yong, atualmente preso, vai se beneficiar da liberdade condicional antecipada esta semana - informou o Ministério sul-coreano da Justiça, nesta segunda-feira (9), uma medida destinada a dissipar as preocupações com um possível vácuo de poder à frente do grupo.

De acordo com a Forbes, Lee Jae-yong é a 188ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 12,4 bilhões.

Atualmente, ele cumpre pena de dois anos e meio de prisão, após ser condenado em janeiro em um escândalo de corrupção.

Os pedidos de liberdade antecipada se multiplicaram nos últimos meses, procedentes de políticos e de líderes empresariais, preocupados com as consequências da pandemia do coronavírus na economia sul-coreana.

O vice-presidente da Samsung Electronics "está entre as pessoas que receberão liberdade condicional, devido à situação econômica nacional e à prolongada pandemia de coronavírus", declarou hoje o ministro da Justiça, Park Beom-kye, à imprensa.

Sua soltura tem o objetivo de dissipar as preocupações com o processo de tomada de decisões na Samsung, empresa que está entre as maiores fabricantes mundiais de chips e smartphones.

Tradicionalmente, a Coreia do Sul concede graças nesta época do ano, pois celebra o Dia da Independência em 15 de agosto.

O Ministério da Justiça deste país asiático revelou que, este ano, 810 pessoas serão beneficiadas com liberdade condicional.

A decisão foi tomada "com base em vários fatores, incluindo o sentimento da população e seu comportamento na prisão", explicou Beom-kye aos repórteres.

De acordo com a imprensa sul-coreana, Lee Jae-yong tem sido um "prisioneiro modelo". Além disso, uma mudança das regras, que entrou em vigor em agosto, permite reduzir a duração da pena que os detentos devem cumprir para, então, terem direito à liberdade condicional.

Oficialmente, Lee Jae-yong é o vice-presidente da Samsung Electronics. Na realidade, porém, foi ele que assumiu a liderança do conglomerado desde que seu pai, Lee Kun-hee, o arquiteto da decolagem global do grupo, renunciou por problemas de saúde. O patriarca faleceu em outubro.

Ele foi condenado pela primeira vez por corrupção e por desvio de fundos no escândalo que precipitou o impeachment e levou à prisão, em 2017, da então presidente sul-coreana, Park Geun-hye.

Sua sentença foi de cinco anos de prisão por corrupção, malversação de fundos e outros crimes.

No julgamento de apelação, a maioria das acusações de corrupção foi rejeitada, e Lee recebeu uma sentença de prisão sob sursis. Posteriormente, o Supremo Tribunal ordenou um novo julgamento.

O caso envolvia milhões de dólares pagos pelo grupo a Choi Soon-sil, a confidente nas sombras da então presidente.

Os subornos foram supostamente destinados a facilitar a transição de poder para o chefe do conglomerado, quando Lee Kun-hee estava acamado, após um ataque cardíaco em 2014.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do SulPrisõesSamsung

Mais de Negócios

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz vaquinha para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024

Focada em criadores de conteúdo, Kiwify levanta R$ 50 milhões em primeiro FIDC. Entenda