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Grupo Estado investirá R$ 50 milhões em tecnologia

São Paulo - O Grupo Estado está iniciando um novo ciclo de investimentos. Mais de R$ 50 milhões serão aplicados nos próximos dois anos em projetos de infraestrutura tecnológica, com o objetivo de aperfeiçoar práticas internas, melhorar o atendimento aos leitores e anunciantes e preparar e aprimorar produtos, tanto na mídia impressa como na digital. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - O Grupo Estado está iniciando um novo ciclo de investimentos. Mais de R$ 50 milhões serão aplicados nos próximos dois anos em projetos de infraestrutura tecnológica, com o objetivo de aperfeiçoar práticas internas, melhorar o atendimento aos leitores e anunciantes e preparar e aprimorar produtos, tanto na mídia impressa como na digital. O montante inclui R$ 19,8 milhões obtidos com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia, em uma linha de financiamento à pesquisa e desenvolvimento, que serão aplicados em projetos da Agência Estado. Outros R$ 32 milhões serão investidos em tecnologia da informação corporativa e desenvolvimento e lançamento de produtos.

Exemplos recentes, que fazem parte desse novo ciclo, foram a total renovação do portal estadão.com.br e a estreia do novo projeto editorial e gráfico do jornal O Estado de S. Paulo, bem como o lançamento do novo portal Economia & Negócios. Entre os novos projetos está a criação de uma comunidade para pequenas e médias empresas, com base nas listas e guias da OESP Mídia, que será implementada durante o próximo ano. "Teremos uma plataforma para que essas empresas possam fechar negócios, ter acesso a informação, treinamentos e educação a distância, tudo integrado com jornal, rádio, internet e eventos", diz o diretor-presidente do Grupo Estado, Silvio Genesini.

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Genesini destaca a importância da área de Economia e negócios, principalmente nos produtos digitais. "Nossa cobertura de Economia e negócios é de altíssima qualidade, com cerca de 200 jornalistas, entre Agência Estado, jornais e rádio, dedicados ao tema", afirma. "Essa plataforma é importante no mundo inteiro e pode ser uma das primeiras a ter um modelo sustentado de conteúdos pagos."

Outra novidade é a digitalização do acervo que preserva os 135 anos de jornalismo do Grupo Estado, em textos e imagens. "Começamos com uma versão em baixa resolução e vamos chegar à alta definição", diz Genesini. "Ainda estamos definindo o modelo de negócio, que provavelmente será misto - gratuito em algumas situações e pago em outras."


Segundo Fábio Costa, diretor de Estratégias Corporativas e Mercados Digitais do Grupo Estado, devem ser lançados dez novos sites nos próximos meses. "Um dos objetivos dos investimentos é tornar nossa infraestrutura mais flexível, para podermos lançar produtos em um tempo menor", explica o executivo.

O Estado foi pioneiro no Brasil ao lançar um aplicativo para o iPad, o tablet da Apple. A ideia é continuar apostando em novas tecnologias, incluindo os tablets e os celulares inteligentes, como o iPhone, da Apple, e o BlackBerry. "Faremos novas versões dos aplicativos, com mais funcionalidades, com uma maior integração com outros conteúdos e outros serviços que nós prestamos", diz Costa.

Na infraestrutura interna, o grupo está iniciando a segunda fase de implementação do SAP, software de gestão empresarial. "Vamos buscar maior agilidade dos processos internos, melhor atendimento ao cliente e redução de custos", diz Genesini. "Queremos que todos os processos sejam automatizados."

O Grupo, além disso, vai centralizar suas centrais de atendimento e melhorar os sistemas de assinatura e publicidade. "Também vamos implementar um novo CRM (sistema de relacionamento com clientes), que fará acompanhamento de vendas", explica Genesini. "Nós já começamos esse processo para o nosso mercado anunciante." No próximo ano, o sistema editorial (software usado na edição dos jornais) será atualizado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado
De acordo com o diretor-geral da Agência Estado, Daniel Parke, a meta é criar uma plataforma única, integrada e padronizada de captação, tratamento e distribuição de informações em tempo real, com ferramentas de negociação eletrônica, para promover crescimento sustentado e a internacionalização do negócio.


Segundo Parke, a empresa contará com uma plataforma robusta para suportar o maior volume de notícias e cotações demandadas pelos clientes, além de oferecer mais ferramentas e funcionalidades. "A Agência Estado vai criar um universo inovador de serviços para os mercados financeiro, corporativo e de agronegócio, uma mudança de patamar em relação à propriedade intelectual atual do Grupo Estado", diz.

"A Agência Estado foi pioneira ao lançar no Brasil uma plataforma para distribuição de conteúdo em tempo real voltado ao mercado financeiro e corporativo. Agora, terá uma plataforma tecnologicamente avançada para atender as demandas, cada vez mais sofisticadas, desses mercados no País e no exterior", afirma o diretor-presidente do grupo, Silvio Genesini. De acordo com ele, o investimento está alinhado à estratégia do Grupo. "Do tempo real ao jornal impresso o Grupo Estado tem um portfólio inovador para qualquer tipo de demanda por informações de primeira qualidade", acrescenta.

Esse é terceiro projeto da Agência Estado desenvolvido com financiamento da Finep. O primeiro, na década de 90, criou uma plataforma web de notícias segmentadas e o serviço o AE Brazil Financial Wire. O segundo aporte, em 2001, possibilitou a criação do núcleo de conteúdo multimídia.

O foco da Finep é fomentar projetos inovadores que auxiliem o desenvolvimento de empresas nacionais. No caso dos recursos destinados à AE, o objetivo é ampliar a capacidade operacional e permitir que a empresa ganhe corpo para fazer frente a grandes concorrentes multinacionais no mercado externo e interno. Segundo a analista de projetos da Finep, Sônia Assis, o projeto da Agência Estado possui conteúdo inovador. "A empresa, com 40 anos de existência, é líder no mercado brasileiro de informações financeiras em tempo real", afirma.

Além da criação de uma plataforma mais robusta, a Agência Estado irá desenvolver sistemas que garantam a interligação direta e segura de agentes do mercado financeiro. "A AE vai fomentar mercados mais líquidos e mais transparentes, estimulando a eficiência da economia", afirma Parke, destacando a importância da AE no desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro.

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