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Grupo de Eike estuda fusão entre OGX e OSX

A medida seria uma opção para os próximos meses, depois de vencida a primeira etapa judicial da recuperação


	Obras de um navio da OSX: a empresa de construção naval tem apenas um cliente, a OGX
 (Divulgação)

Obras de um navio da OSX: a empresa de construção naval tem apenas um cliente, a OGX (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 11h00.

Rio - Uma surpreendente fusão entre a petroleira OGX e a empresa de construção naval OSX faz parte das alternativas em estudo pelo grupo responsável pela reestruturação das empresas de Eike Batista, apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

A medida, de acordo com fontes que acompanham o processo, é tecnicamente possível, mas seria uma opção para os próximos meses, depois de vencida a primeira etapa judicial da recuperação.

A OSX tem apenas um cliente, a OGX, e quatro ativos: as plataformas construídas para atender a petroleira. Uma delas, a OSX-3, deve ser mantida na empresa para operar na área de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. A intenção da OGX é iniciar a produção de petróleo no campo na última semana deste mês.

Com a venda de uma fatia na OGX Maranhão, anunciada na semana passada, a OGX resolveu a questão de caixa até janeiro de 2014, segundo a fonte.

A venda, para a Eneva (ex-MPX, que foi adquirida pela alemã E.On) e o fundo Cambuhy, de Pedro Moreira Salles, ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).


Mas uma pequena parcela dos R$ 344 milhões pode contribuir ainda este ano para reforçar o caixa da OGX.

A ideia que ganha corpo no processo de reestruturação é, depois de protocolado o pedido de recuperação judicial da OSX, o que deve ocorrer nos próximos dias, submeter à apreciação do juiz responsável pelo caso a proposta de venda das outras três plataformas da OSX.

Está sendo estudada inclusive a possibilidade de os dois processos de recuperação judicial tramitarem em paralelo, na mesma vara empresarial, caso o juiz aceite eventual proposta feita pelos advogados das duas companhias. A futura fusão só será possível com a avaliação da situação das empresas - especialmente em relação a eventuais litígios judiciais.

Na quarta-feira, 6, a Techint Engenharia e Construção entrou com ação de execução de título extrajudicial contra a OSX na 28ª Vara Cível do Rio, depois que as negociações com a empresa não avançaram. A Techint reclama débitos relativos à construção da plataforma WHP-2, que teve contrato de afretamento suspenso pela OGX em julho deste ano.

De acordo com fontes, a Techint reclama o pagamento de US$ 1 bilhão. O Broadcast apurou que a OSX, por sua vez, calcula o crédito em torno de US$ 500 milhões. A Techint Engenharia, empresa do grupo ítalo-argentino Techint, foi contratada pela OSX em 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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