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Grupo de comunicação ABC é vendido para americano Omnicom

O ABC é proprietário de 15 empresas e era o único grupo de agências de comunicação de capital majoritariamente nacional

Nizan Guanaes, do Grupo ABC: era o único grupo de agências de comunicação de capital majoritariamente nacional (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2015 às 09h24.

São Paulo - O grupo de comunicação brasileiro ABC , do publicitário Nizan Guanaes, fechou a venda de seus ativos para o americano Omnicom, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O valor do negócio teria ficado em cerca de R$ 1 bilhão. O total pago pelos americanos está próximo ao faturamento líquido anual do ABC, que reúne agências de publicidade como Africa, Pereira & O’Dell, DM9DDB, Escala e Tudo.

O ABC é proprietário de 15 empresas e era o único grupo de agências de comunicação de capital majoritariamente nacional. Além da forte presença na área de publicidade , a empresa também atua nos segmentos de eventos e de relações públicas, com a CDN, segunda maior agência do ramo no País.

De acordo com o ranking elaborado pelo Ibope Media, a Africa foi a quarta maior agência brasileira entre janeiro e setembro de 2015, atrás apenas da tradicional líder Young & Rubicam, da Ogilvy & Mather e da WMcCann.

A Africa comprou mais de R$ 2,5 bilhões em mídia no período (o valor não considera os descontos normalmente oferecidos pelos veículos de comunicação).

Segundo fontes, as conversas com o grupo Omnicom esquentaram nos últimos meses, embora os comentários sobre a venda do ABC para uma multinacional sejam bem mais antigos.

Havia outros interessados no conglomerado capitaneado por Nizan Guanaes - o britânico WPP foi um dos que analisaram o ativo. No entanto, o Omnicom sempre teve a preferência nas negociações, até porque já tinha boa relação com Nizan, pois é sócio da DM9DDB, segunda maior agência do ABC.

Desde o início de 2013, o ABC também tinha o fundo de private equity Kinea entre seus sócios. O braço de investimentos do Itaú pagou R$ 170 milhões por uma fatia de 20% do grupo.

O fundo estava havia quase três anos no negócio e queria se desfazer da operação para investir em outros ativos, como é comum no setor de private equity (que compra participações em empresas).

Reorganização

Nos últimos meses, o ABC passou por diversas mudanças. Alguns executivos deixaram o grupo porque não tinham interesse em se tornar funcionários de um conglomerado multinacional.

Há cerca de dois meses, a Loducca perdeu Celso Loducca e teve o nome modificado. A venda para o Omnicom também teria sido a razão para a agência de eventos B.Ferraz ter anunciado a saída do grupo nesta semana.

Houve também algumas modificações internas recentes. A DM9 fechou dois de seus escritórios regionais: o do Rio de Janeiro foi incorporado à África Rio e o de Porto Alegre foi transformado em um escritório de inovação da Pereira & O’Dell, ficando subordinado à operação paulista da agência com sede em São Francisco.

Procurado, o ABC não se pronunciou sobre o assunto. A Omnicom não retornou os contatos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - O grupo de comunicação brasileiro ABC , do publicitário Nizan Guanaes, fechou a venda de seus ativos para o americano Omnicom, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

O valor do negócio teria ficado em cerca de R$ 1 bilhão. O total pago pelos americanos está próximo ao faturamento líquido anual do ABC, que reúne agências de publicidade como Africa, Pereira & O’Dell, DM9DDB, Escala e Tudo.

O ABC é proprietário de 15 empresas e era o único grupo de agências de comunicação de capital majoritariamente nacional. Além da forte presença na área de publicidade , a empresa também atua nos segmentos de eventos e de relações públicas, com a CDN, segunda maior agência do ramo no País.

De acordo com o ranking elaborado pelo Ibope Media, a Africa foi a quarta maior agência brasileira entre janeiro e setembro de 2015, atrás apenas da tradicional líder Young & Rubicam, da Ogilvy & Mather e da WMcCann.

A Africa comprou mais de R$ 2,5 bilhões em mídia no período (o valor não considera os descontos normalmente oferecidos pelos veículos de comunicação).

Segundo fontes, as conversas com o grupo Omnicom esquentaram nos últimos meses, embora os comentários sobre a venda do ABC para uma multinacional sejam bem mais antigos.

Havia outros interessados no conglomerado capitaneado por Nizan Guanaes - o britânico WPP foi um dos que analisaram o ativo. No entanto, o Omnicom sempre teve a preferência nas negociações, até porque já tinha boa relação com Nizan, pois é sócio da DM9DDB, segunda maior agência do ABC.

Desde o início de 2013, o ABC também tinha o fundo de private equity Kinea entre seus sócios. O braço de investimentos do Itaú pagou R$ 170 milhões por uma fatia de 20% do grupo.

O fundo estava havia quase três anos no negócio e queria se desfazer da operação para investir em outros ativos, como é comum no setor de private equity (que compra participações em empresas).

Reorganização

Nos últimos meses, o ABC passou por diversas mudanças. Alguns executivos deixaram o grupo porque não tinham interesse em se tornar funcionários de um conglomerado multinacional.

Há cerca de dois meses, a Loducca perdeu Celso Loducca e teve o nome modificado. A venda para o Omnicom também teria sido a razão para a agência de eventos B.Ferraz ter anunciado a saída do grupo nesta semana.

Houve também algumas modificações internas recentes. A DM9 fechou dois de seus escritórios regionais: o do Rio de Janeiro foi incorporado à África Rio e o de Porto Alegre foi transformado em um escritório de inovação da Pereira & O’Dell, ficando subordinado à operação paulista da agência com sede em São Francisco.

Procurado, o ABC não se pronunciou sobre o assunto. A Omnicom não retornou os contatos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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