Pedro Lima, presidente do Grupo 3corações: "combinação do café com os leites vegetais, plant-based, é totalmente complementar" (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 11h16.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2020 às 11h37.
São Paulo - O grupo de café 3corações e o grupo Positive Brands, dona das marcas A Tal da Castanha e Jungle, uniram suas operações. Pelo acordo, a 3corações passa a deter 50% do capital total da Positive Brands e dividirá também a composição do conselho de administração, que será composto por número igual de membros das duas empresas.
A partir de agora, a Positive Brandes conta com toda a expertise, estrutura, força de vendas e capacidade de distribuição do grupo 3 Corações e seus 28 centros de distribuição, alcançando mais de 400 mil pontos de venda em todo o país.
“A combinação do café com os leites vegetais, plant-based, é totalmente complementar, assim como a visão do Grupo 3corações e as marcas da família Carvalho, que acredita no mercado composto por pessoas que querem viver mais, consumindo alimentos saudáveis somados à prática de exercícios”, afirma Pedro Lima, presidente do Grupo 3corações, em nota.
Fundada em 1959, em São Miguel, cidade do interior do Rio Grande do Norte, a 3 Corações é uma joint venture entre a holding São Miguel e a israelense Strauss, que industrializa e comercializa mais de 25 marcas de produtos, dentre elas: Café 3 Corações, Santa Clara (líder nas regiões Norte e Nordeste), Pimpinela, Kimimo, Letícia, Fino Grão, Itamaraty, Iguaçu, Amigo e Cruzeiro. A 3 Corações, principal delas, tem 10% do mercado de café do país, seguida por Pilão, do grupo holandês Jacobs Douwe Egberts, com 8,5%, e Nespresso, da suíça Nestlé, que tem 7,5%.
Para se manter na dianteira, o grupo 3corações tem investido para se manter atualizada com as novidades. O segmento das cápsulas é um dos que mais crescem para a empresa, que calcula ter 25% do mercado no país, ainda dominado pela pioneira Nestlé, com as marcas Nespresso e Dolce Gusto. Passou a vender uma solução própria em 2013, em parceria com a italiana Caffitaly. “Seria mais fácil fazer a cápsula genérica para a máquina deles. Mas nós optamos pelo mais difícil”, disse Lima, em entrevista a EXAME em meados do ano passado.
A estratégia da empresa é comprar a marca e mantê-la no mercado, aproveitando a ligação que o consumidor já tem com o nome. No ano passado, Lima disse que a companhia estava aberta a novas oportunidades, inclusive, de aquisição. Daí a novidade: cafezinho com leite vegetal de castanha.