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Greves na Europa: funcionários da Ryanair prolongam paralisação na Espanha até janeiro

Os funcionários da companhia aérea de baixo custo irlandesa lançaram esta greve em 24 de junho para exigir melhores condições de trabalho

Ryanair: companhia é a única aérea internacional que não tem acordo coletivo na Espanha. (Hannah McKay/File Photo/Reuters)

Ryanair: companhia é a única aérea internacional que não tem acordo coletivo na Espanha. (Hannah McKay/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de julho de 2022 às 10h35.

A greve do pessoal de cabine da Ryanair na Espanha, que começou no final de junho, continuará até janeiro de 2023 com paradas regulares de 24 horas - anunciaram os sindicatos nesta quarta-feira (27).

Os funcionários da companhia aérea de baixo custo irlandesa lançaram esta greve em 24 de junho para exigir melhores condições de trabalho, convocados pela Unión Sindical Obrera (USO) e pelo Sindicato dos Tripulantes de Cabine (Sitcpla).

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Inicialmente, foram convocados seis dias de greve. Mas USO e Sitcpla decidiram em julho estender o protesto até 28 de julho, o que afetou os dez aeroportos espanhóis onde a Ryanair está presente.

Como "a Ryanair não demonstrou a menor tentativa de aproximação" e, pelo contrário, "declarou publicamente sua recusa em qualquer diálogo", os sindicatos asseguraram, em um comunicado, que foram "forçados a continuar a greve".

Assim, estão previstas novas greves de 24 horas a partir de 8 de agosto, de quinta a sexta-feira, "até 7 de janeiro de 2023", especificaram.

A greve da tripulação de cabine espanhola da Ryanair coincide com protestos semelhantes em outros países europeus, como França e Itália, que nas últimas semanas resultaram em centenas de voos cancelados, ou atrasados.

Segundo a empresa, as perturbações na Espanha foram menores. A empresa irlandesa afirma ser a companhia aérea que mais passageiros transporta no mercado espanhol, com uma oferta de mais de 650 rotas.

A Ryanair, única companhia aérea internacional que não tem acordo coletivo na Espanha, segundo os sindicatos, iniciou há oito meses negociações sobre as condições de trabalho de seus funcionários no país.

Por fim, chegou a um acordo com o sindicato das Comisiones Obreras, minoria no setor. Mas o acordo foi rejeitado tanto pelo USO quanto pelo Sitcpla, que o consideraram insuficiente.

Além de melhorias nas condições de trabalho dos 1.900 tripulantes de cabine da empresa na Espanha, os sindicatos exigem a reintegração de 11 trabalhadores grevistas demitidos no último mês.

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