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Gradiente retoma produção de celular e aposta no varejo

Depois de entrar nesse mercado em 1996 por meio de uma associação com a Nokia e de deixá-lo em outubro de 2000, quando vendeu sua parte na fábrica de celulares que possuía em parceria com a empresa finlandesa, a Gradiente volta a fabricar celulares. Dessa vez, a associação é com a empresa francesa Sagem, que […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Depois de entrar nesse mercado em 1996 por meio de uma associação com a Nokia e de deixá-lo em outubro de 2000, quando vendeu sua parte na fábrica de celulares que possuía em parceria com a empresa finlandesa, a Gradiente volta a fabricar celulares. Dessa vez, a associação é com a empresa francesa Sagem, que fornecerá tecnologia para a produção de aparelhos GSM na fábrica da Gradiente em Manaus. Até o final deste mês, quatro novos modelos de celulares com a marca Gradiente estarão sendo vendidos no varejo pela operadora TIM.

Assim como o resto do mercado, a Gradiente aposta no Natal. "A nossa expectativa é de vender 100 000 aparelhos no período", diz Dante Iacavone, vice-presidente de negócios da Gradiente. Após a data, a empresa começará a vender seus aparelhos também para a Oi e a Claro. "Não trabalharemos com exclusividade, mas tivemos que escolher uma operadora para dar início ao processo", afirma Iacovone.

Até o final do primeiro semestre de 2004, a Gradiente, segundo Iacovone, também estará produzindo aparelhos de celular e PDAs com tecnologia CDMA fornecida por outra empresa parceira que ainda não foi escolhida. A nome da empresa será conhecido até março de 2004.

Para Iacavone, a Gradiente tem boas chances de voltar a ser uma dos mais importantes fabricantes de celular do país. "A nossa expectativa é ter 10% de participação de mercado no final de 2004", afirma Iacavone. Para isso, diz o executivo, a empresa contará com dois ativos valiosos. O primeiro deles é uma marca forte. O segundo é uma relação estreita com o varejo que, segundo Iacavone, deverá se tornar o principal canal de venda de celulares em detrimento das lojas próprias das operadoras. Hoje, a marca Gradiente está presente em 5 000 pontos de venda do país.

Será preciso esperar até lá para saber se a empresa brasileira terá fôlego para disputar o mercado com tantas multinacionais. Em 2000, antes de romper com a Nokia, os celulares da marca Gradiente chegaram a ter 25% de participação de mercado. No ano seguinte, já sozinha no mercado, embora continuasse a comprar os aparelhos da marca finlandesa para vender com sua marca - e impedida pela Nokia de vender diretamente para as operadoras - a fatia de mercado da Gradiente caiu para 1%. No ano passado, foi de 3%. "Mesmo depois de toda essa história ainda temos hoje 5 milhões de aparelhos Gradiente em uso, o que representa 15% da base total de assinantes do país", afirma Iacavone.

As novas investidas da Gradiente no mercado de produtos de telecomunicação começaram em dezembro do ano passado, quando a empresa lançou o Partner, um computador de mão com celular, em parceria com a Microsoft. Na época de seu lançamento, os executivos da Gradiente estimavam que teriam 30% do mercado de computadores de mão conectados à internet, com uma venda de 20 000 unidades do produto para 2003. A participação, afirma Iacavone, foi conquistada. Já a meta de vendas passou longe. De abril deste ano, quando o produto começou a ser vendido, até agora, a Gradiente vendeu apenas 1 500 unidades do Partner.

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