Negócios

Graça Foster sobe na Forbes, enquanto Petrobras cai na bolsa

Do ano passado para cá, a presidente da Petrobras subiu duas posições no ranking das mulheres mais poderosas do mundo; desempenho financeiro da estatal, por outro lado, piorou nesse meio tempo

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 11h20.

São Paulo - Atrás da cantora Beyonce Knowles e à frente da editora executiva do New York Times, Jill Abramson. É nessa posição que Maria das Graças Silva Foster se encontra no ranking das mulheres mais poderosas do mundo, divulgado hoje pela revista Forbes. Na 18ª colocação da lista, Graça Foster, como é conhecida, subiu dois degraus em relação ao ano passado, quando ficou no 20º lugar. Entre as mulheres de negócios que integram o levantamento, ela só perde para Indra Nooyi, CEO da Pepsico, dona da 10ª posição geral.

A escalada de Graça se deu ao mesmo tempo em que os resultados da companhia, lembrada pela Forbes como a maior empresa do hemisfério sul, se deterioraram. No primeiro trimestre de 2013, a Petrobras teve lucro de 7,69 bilhões de reais, uma redução de 16,5% em relação ao mesmo período de 2012.

A gigante do petróleo foi atingida em duas frentes. De um lado, houve queda no volume de produção nos primeiros meses do ano, com o impacto de paradas programadas em algumas plataformas da Bacia de Campos. De outro, a Petrobras continuou sofrendo com a disparidade entre o valor pago para importar gasolina e o preço praticado no mercado interno (não há repasse integral por determinação do governo, que busca evitar o aumento da inflação).

Recuperação

Em relatório, os analistas do Bradesco Auro Rozenbaum, Bruno Varella e Marcos Dong disseram permanecer céticos em relação ao desempenho da estatal. Eles reconheceram que houve recuperação na rentabilidade, como o mercado já esperava. A margem ebitda, que divide o lucro da companhia antes de impostos, juros, depreciação e amortização pela sua receita líquida, foi de 22,4%, contra 16,3% no trimestre anterior.


Ainda assim, eles questionaram a produção entregue pela empresa em comparação ao volume de investimentos feitos até aqui. "A Petrobras investiu 110 bilhões de reais em exploração e produção nos últimos três anos (2010-2012), mas a produção caiu 4% desde então", disseram. "A companhia parece estar investindo uma quantidade substancial de recursos para manter o mesmo nível de produção."

No começo do mês, Graça Foster cravou um prazo para a melhoria dos números. Durante uma conferência de tecnologia offshore em Houston, nos Estados Unidos, a presidente da Petrobras afirmou que a estatal deve dobrar de tamanho até 2020, quando passará a produzir 5,7 milhões de barris de petróleo por dia. Hoje o número orbita em torno de 2 milhões de barris.

No curto prazo, avaliam os analistas do Citi, Pedro Medeiros e Fernando Valle, as atenções devem se voltar para a performance da companhia no segundo semestre. "A produção deve se recuperar a partir de maio ou junho. A redução de custos, a venda de ativos e os aumentos nos preços dos combustíveis também podem trazer tendência de alta para a cotação da ação", escreveram em relatório sobre a empresa.

Desde que assumiu o comando da Petrobras, em fevereiro de 2012, Graça Foster viu os papéis ordinários da companhia caírem 25,4%. As ações preferenciais, por sua vez, sofreram queda de 16,9%.

 

Acompanhe tudo sobre:BalançosCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGás e combustíveisGraça FosterIndústria do petróleoListas da ForbesMulheres executivasPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Cacau Show, Chilli Beans e mais: 10 franquias no modelo de contêiner a partir de R$ 30 mil

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Mais na Exame