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Graça Foster leva "estilo Dilma" ao comando da Petrobras

Com fama de brava, Graça Foster, como é chamada, desperta admiração daqueles que trabalham diretamente com ela por seus conhecimentos técnicos e firmeza nas cobranças

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 21h54.

São Paulo - A primeira mulher a alcançar a presidência da Petrobras tem um estilo gerencial bem parecido com o da presidente Dilma Rousseff. Exigente e determinada, Maria das Graças Silva Foster costuma ser dura com quem não atende suas demandas.

Com fama de brava, Graça Foster, como é chamada, desperta admiração daqueles que trabalham diretamente com ela por seus conhecimentos técnicos e firmeza nas cobranças que faz e também por sua garra e superação diante das dificuldades vividas na infância.

Nascida em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 26 de agosto de 1953, mudou-se com apenas dois anos de idade para o Rio, onde cresceu no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, comunidade pobre que por anos foi ícone de violência da cidade, até ser pacificada em 2010.

Além de uma pequena bandeira do Botafogo, seu time, Graça exibe imagens de outras paixões em sua sala espaçosa do 24o andar da sede da Petrobras. Sobre a mesa, fotos da neta de 16 anos e do casal de filhos -um estudante de jornalismo e uma médica. Também guarda uma fotografia dela junto ao atual presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

Graça Foster gosta de caminhar e ir à missa todos os domingos. Apesar de ser católica, preserva em sua sala algumas imagens de orixás, que segundo alguns conhecidos foram lhes dadas de presente.

Com uma carga de trabalho que ultrapassa diariamente 12 horas -ela chega todos os dias às 7h30 na Petrobras- Graça Foster demonstra paixão pelo trabalho. Costuma exibir com orgulho o livro de capa dura que mostra alguns trechos dos gasodutos construídos sob sua gestão -foram mais de 5 mil quilômetros em cinco anos. "Este aqui é o meu bebê", costuma dizer.

Assessores, funcionários e executivos que trabalham com Graça são unânimes em destacar o que consideram a sua principal marca: o perfeccionismo. Uns relatam que ela às vezes é dura demais com quem não atende a suas exigências.

Costuma visitar os projetos que dirige, para ver o andamento das obras, como fez nos cinco últimos anos à frente da grande expansão da malha de gasodutos da Petrobras.

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