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Graça diz que combustível será competitivo no Brasil

Graça Foster disse que em semanas será apresentado o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016

O plano anterior, ainda em vigência, prevê investimentos de 224,7 bilhões de dólares entre 2011 e 2015 (Agência Petrobras/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 17h10.

São Paulo - A queda da cotação do petróleo no mercado internacional está fazendo com que os preços dos combustíveis no Brasil retomem a competitividade internacional, disse nesta terça-feira a presidente da Petrobras , Maria das Graças Foster, durante evento em São Paulo.

A redução do petróleo indica uma mudança na tendência do valor da commodity esperada pela Petrobras neste ano, em meio à crise global, e arrefeceu as pressões para um reajuste dos combustíveis no mercado brasileiro.

"A volatilidade é grande, mas com muito pouco a gente volta a ter aqui (no Brasil) combustíveis com paridade de preço internacional", disse Graça Foster, como a presidente da Petrobras é conhecida.

A estatal sofreu, no balanço do primeiro trimestre, com a alta dos custos de importação de combustíveis combinada com a manutenção de preços no Brasil, que vinham sem reajuste na bomba há anos.

Acreditava-se em abril que o petróleo Brent se sustentaria em um nível perto de 120 dólares o barril até o final do ano, um novo patamar, segundo chegou a afirmar a presidente da estatal.

E isso levaria a um reajuste de preço dos combustíveis no Brasil ainda este ano, ela disse.

"Durante anos seguidos tivemos na Petrobras ganhos por conta dessa diferença entre o preço lá fora e o interno. Isso é razoável", disse Graça Foster nesta terça-feira.

Novo plano

Graça Foster disse que em semanas será apresentado o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016, que atualmente está em revisão.


O plano anterior, ainda em vigência, prevê investimentos de 224,7 bilhões de dólares entre 2011 e 2015. A maior parte está destinada para a área de exploração e produção de petróleo, com 57 por cento do total (ou 127,5 bilhões de dólares).

Conteúdo nacional

A estatal vem tendo dificuldade em acelerar os investimentos na exploração devido a atrasos de fornecedores de equipamentos, em especial plataformas.

A exigência de conteúdo brasileiro nos equipamentos contratados, que varia entre 55 e 75 por cento, tem dificultado o cumprimento dos prazos, já que a indústria nacional ainda se organiza para atender à demanda que se formou.

Segundo Graça, a Petrobras não discute a possibilidade de diminuição de exigência de conteúdo nacional em seus projetos.

"O que a companhia tem feito é monitorar sistematicamente, para criar um banco de dados que mostre de forma quantitativa e real a capacidade da indústria nacional de bens e serviços", disse a executiva.

Argentina

Sobre o processo de retomada dos ativos na Argentina, a presidente a Petrobras se limitou a dizer que continua em conversações com as autoridades do país vizinho para tratar o assunto.

No início de abril o governo da província de Neuquén, maior produtora de gás natural da Argentina, suspendeu concessão de uma área operada pela companhia brasileira argumentando que a empresa não fez investimentos suficientes para aumentar a produção.

"Países como Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia e Venezuela são igualmente importantes para a Petrobras e estão no plano de negócios da empresa", disse ela nesta terça-feira, em evento no qual foram apresentados a empresários os resultados do programa de financiamentos Progredir.

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São Paulo - A queda da cotação do petróleo no mercado internacional está fazendo com que os preços dos combustíveis no Brasil retomem a competitividade internacional, disse nesta terça-feira a presidente da Petrobras , Maria das Graças Foster, durante evento em São Paulo.

A redução do petróleo indica uma mudança na tendência do valor da commodity esperada pela Petrobras neste ano, em meio à crise global, e arrefeceu as pressões para um reajuste dos combustíveis no mercado brasileiro.

"A volatilidade é grande, mas com muito pouco a gente volta a ter aqui (no Brasil) combustíveis com paridade de preço internacional", disse Graça Foster, como a presidente da Petrobras é conhecida.

A estatal sofreu, no balanço do primeiro trimestre, com a alta dos custos de importação de combustíveis combinada com a manutenção de preços no Brasil, que vinham sem reajuste na bomba há anos.

Acreditava-se em abril que o petróleo Brent se sustentaria em um nível perto de 120 dólares o barril até o final do ano, um novo patamar, segundo chegou a afirmar a presidente da estatal.

E isso levaria a um reajuste de preço dos combustíveis no Brasil ainda este ano, ela disse.

"Durante anos seguidos tivemos na Petrobras ganhos por conta dessa diferença entre o preço lá fora e o interno. Isso é razoável", disse Graça Foster nesta terça-feira.

Novo plano

Graça Foster disse que em semanas será apresentado o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016, que atualmente está em revisão.


O plano anterior, ainda em vigência, prevê investimentos de 224,7 bilhões de dólares entre 2011 e 2015. A maior parte está destinada para a área de exploração e produção de petróleo, com 57 por cento do total (ou 127,5 bilhões de dólares).

Conteúdo nacional

A estatal vem tendo dificuldade em acelerar os investimentos na exploração devido a atrasos de fornecedores de equipamentos, em especial plataformas.

A exigência de conteúdo brasileiro nos equipamentos contratados, que varia entre 55 e 75 por cento, tem dificultado o cumprimento dos prazos, já que a indústria nacional ainda se organiza para atender à demanda que se formou.

Segundo Graça, a Petrobras não discute a possibilidade de diminuição de exigência de conteúdo nacional em seus projetos.

"O que a companhia tem feito é monitorar sistematicamente, para criar um banco de dados que mostre de forma quantitativa e real a capacidade da indústria nacional de bens e serviços", disse a executiva.

Argentina

Sobre o processo de retomada dos ativos na Argentina, a presidente a Petrobras se limitou a dizer que continua em conversações com as autoridades do país vizinho para tratar o assunto.

No início de abril o governo da província de Neuquén, maior produtora de gás natural da Argentina, suspendeu concessão de uma área operada pela companhia brasileira argumentando que a empresa não fez investimentos suficientes para aumentar a produção.

"Países como Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia e Venezuela são igualmente importantes para a Petrobras e estão no plano de negócios da empresa", disse ela nesta terça-feira, em evento no qual foram apresentados a empresários os resultados do programa de financiamentos Progredir.

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