Negócios

Governo de SP vai arrecadar R$ 1,9 bi com venda de participação na Cesp

Marcio França afirmou que os recursos já estavam previstos no orçamento do Estado e devem colaborar para o fechamento das contas em 2018

Cesp: consórcio São Paulo Energia arrematou em leilão realizado nesta sexta-feira, 19, 116,4 milhões de ações pertencentes ao governo paulista (Marcos Issa/Bloomberg)

Cesp: consórcio São Paulo Energia arrematou em leilão realizado nesta sexta-feira, 19, 116,4 milhões de ações pertencentes ao governo paulista (Marcos Issa/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 18h24.

Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 18h41.

São Paulo - O governo do Estado de São Paulo deve arrecadar R$ 1,9 bilhão com a venda de sua participação de 40,6% na Companhia Energética de São Paulo (Cesp), recursos que devem entrar nos cofres do Estado ainda este ano, em cerca de 45 dias, segundo as autoridades estaduais. Desse total, R$ 1,7 bilhão serão pagos pelo consórcio São Paulo Energia - formado pela Votorantim Energia e pelo Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) -, que arrematou em leilão realizado nesta sexta-feira, 19, 116,4 milhões de ações pertencentes ao governo paulista, o correspondente a 35,6% do capital total da companhia. O montante restante virá da venda de 16.375.710 ações ordinárias, correspondentes a 5% do capital social da companhia que serão oferecidos aos empregados da Cesp.

Conforme previsto no edital, uma parte dessas ações, somando 1.202.700 de papéis, será vendida com um deságio de 50% em relação ao preço mínimo do leilão, ou R$ 7,15, acrescido da variação da Selic até a data da liquidação. Outros 15.172.010 ações serão ofertadas pelo preço mínimo de R$ 14,30/ação.

Destino

Em breve entrevista, o governador de São Paulo, Marcio França, disse que os recursos já estavam previstos no orçamento do Estado e devem colaborar para o fechamento das contas em 2018. "Passamos no Brasil inteiro por um período muito difícil, todos os Estados sofreram, teve que se fazer cortes em todos os cantos e São Paulo não foi diferente. A diferença é que São Paulo é tão grande que conseguimos conduzir muitas obras e muitos serviços que continuam sendo feitos e nunca atrasamos salário, sempre cumprimos com o nossos compromissos, fechamos sempre com superávit todos esses anos e vamos fechar de novo em 2018 e apontando que é possível ter uma forma de fazer equilíbrio fiscal deixando as coisas essenciais para que o governo faça", disse, citando tarefas consideradas essenciais como educação, saúde e segurança.

O secretário da Fazenda de São Paulo, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, destacou que a privatização da Cesp foi concluída após 22 anos de tentativas de realizar a operação. E França acrescentou que a venda foi uma recomendação do ex-governador Geraldo Alckmin, que havia tentado realizar a venda no ano passado, mas suspendeu o certame dias antes de sua realização após a sinalização de falta de interesse. O então governador ainda iniciou as negociações com o governo federal na busca por uma solução para aumentar a atratividade da geradora, o que poderia envolver uma renovação da concessão da principal usina da Cesp, Porto Primavera.

O Ministério de Minas e Energia publicou um decreto permitindo a operação e Alckmin anunciou a retomada do processo de privatização, mas teve de se desincompatibilizar antes de concluir a venda. França citou que, após assumir o governo paulista, conseguiu fechar um acordo com o governo de Mato Grosso para reduzir as contingências da companhia, o que também contribuiu para melhora da atratividade da empresa.

Acompanhe tudo sobre:CESPEstado de São PauloGovernoLeilõesPrivatizaçãoVotorantim

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia