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Google diz que tentou, sem sucesso, firmar parceria com Facebook

Presidente do conselho de administração da empresa afirmou que não se esforçou o bastante para se aproximar da rede social

"Um presidente-executivo precisa assumir a responsabilidade. Eu errei", disse Eric Schmidt do Google, sobre suas negociações com o Facebook (Justin Sullivan/Getty Images)

"Um presidente-executivo precisa assumir a responsabilidade. Eu errei", disse Eric Schmidt do Google, sobre suas negociações com o Facebook (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 11h16.

Palos Verdes/San Francisco - O Google confessou ter tentado, sem sucesso, formar uma parceria com o Facebook, como parte dos esforços para se adaptar às mudanças no cenário da tecnologia e manter seu crescimento.

Eric Schmidt, presidente do conselho de administração do Google, disse na terça-feira que o Facebook havia rejeitado suas tentativas de acordo, e reconheceu que não havia se esforçado o bastante para enfrentar a crescente ameaça do maior site de redes sociais do mundo, durante os anos em que foi presidente-executivo da companhia.

"Três anos atrás, escrevi memorandos falando sobre esse problema em termos gerais. Sabia que precisava fazer alguma coisa, mas não consegui", disse Schmidt. "Um presidente-executivo precisa assumir a responsabilidade. Eu errei".

Schmidt, que em abril concluiu seus dez anos como presidente-executivo do Google e transferiu o comando a Larry Page, 38, co-fundador da empresa, fez os comentários durante a conferência D9, organizada pelo blog AllThingsD.

O Google, que teve receita bruta de 29 bilhões de dólares no ano passado, é o maior serviço mundial de buscas. Mas suas operações com publicidade, a base dos negócios da companhia, estão sob ameaça de empresas mais jovens e em rápido crescimento, como Facebook e Groupon, enquanto o surgimento de novos equipamentos tecnológicos despertou rivalidade crescente também com a Apple.

Durante uma entrevista de 90 minutos conduzida no palanque do evento, Schmidt discutiu o cenário cada vez mais competitivo do mercado e as crescentes pressões regulatórias e de defesa da privacidade que o Google vem sofrendo.

Mas o executivo pareceu desconsiderar a gigante de software Microsoft, que "não vem propelindo a revolução do consumidor".

Antigo membro do conselho da Apple, Schmidt admitiu que o relacionamento entre as duas empresas se tornou "difícil" quando o Google começou a desenvolver seu sistema operacional Android para celulares inteligentes, ainda que as companhias continuem parceiras em alguns negócios.

O Google renovou recentemente o acordo com a Apple para fornecimento da tecnologia de mapas usada no iPhone.

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