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Goldman Sachs acompanha boom de transporte ferroviário

Banco tem desfrutado em silêncio do transporte ferroviário de petróleo, uma das tendências comerciais mais dinâmicas que surgiu com o boom do gás xisto


	Goldman Sachs: banco tem desempenhado um papel de destaque no financiamento da expansão de quase uma dúzia de terminais especializados
 (Chris Hondros/Getty Images/AFP)

Goldman Sachs: banco tem desempenhado um papel de destaque no financiamento da expansão de quase uma dúzia de terminais especializados (Chris Hondros/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 09h51.

Nova York - Embora a atuação do Goldman Sachs nos mercados de metais globais tenha diminuído diante de uma regulação mais rígida, o banco tem desfrutado em silêncio de uma das tendências comerciais mais dinâmicas que surgiu com o boom do gás xisto nos Estados Unidos: o transporte ferroviário de petróleo.

Por meio de um investimento minoritário previamente não-declarado em uma pequena empresa de capital fechado --o U.S.

Development Group (USD)-- em 2007, o Goldman Sachs tem desempenhado um papel de destaque no financiamento da expansão de quase uma dúzia de terminais especializados, que podem rapidamente carregar e descarregar trens com petróleo e etanol pelos EUA.

Dan Borgen, presidente-executivo do USD, disse que a empresa que ele ajudou a fundar há duas décadas se beneficiou de uma troca de ideias regular com o Goldman, assim como de sua influência financeira.

"Nós encontramos apoio nos conselhos deles e eles são pessoas inteligentes. É uma das razões pelas quais aceitamos o investimento que fizeram anos atrás." Há diferenças importantes entre o envolvimento do Goldman com o USD e com o Metro International Trade Services, grupo de armazenamento que agora é objeto de inquérito administrativo e de processos nos EUA, por alegações de práticas anticompetitivas que ajudaram a elevar o custo do alumínio. O Goldman negou as acusações.

Ao contrário do Metro, subsidiária que pertence à divisão J.

Aron, do Goldman, o USD conta com um investimento minoritário do banco, feito por uma unidade diferente do Goldman, afirmou um porta-voz do Goldman respondendo a perguntas.


Não há indícios de que o banco tenha tido qualquer papel nas operações do USD ou mesmo que tenha se beneficiado de sua participação acionária na empresa. Tanto o Goldman quanto o Metro são investimentos feitos com o capital próprio do banco, e não com os recursos de fundos de investimento.

Ainda assim, a fatia no USD, que foi reduzida de 49 por cento em 2007 para menos da metade disse atualmente, mostra que os interesses do Goldman na indústria de commodities são mais profundos que o que se sabe amplamente, e se estendem para além da propriedade dos armazéns do Metro e de uma mina de carvão na Colômbia, seus dois negócios mais conhecidos.

A princípio, a participação do Goldman no USD, uma empresa de capital fechado, poderia fornecer ao banco informações valiosas num momento em que o transporte ferroviário de petróleo assume papel importante no mercado, com a expansão da produção de petróleo nos EUA tendo ultrapassado a capacidade dos gasodutos em muitas regiões.

Borgen afirmou que não sabia o quanto o Goldman poderia ter se beneficiado das conversas com o USD da mesma forma que o USD teria aprendido com os profissionais do banco. "Você teria que perguntar a eles", disse.

Um porta-voz do banco se recusou a comentar, tendo dito apenas que o Goldman vê o USD puramente como um investimento financeiro.

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