Gol suspende operações na Venezuela por tempo indeterminado
Gol suspendeu, a partir de hoje, as operações na Venezuela. Empresa pede repatriação de 351 milhões de reais. Outras aéreas do mundo enfrentam o mesmo problema
Victor Caputo
Publicado em 9 de fevereiro de 2016 às 15h35.
São Paulo - A Gol informou hoje que está suspendendo operações em Caracas, na Venezuela . O motivo é uma negociação com o governo venezuelano que vem se arrastando por meses.
A empresa brasileira pede repatriação de recursos no valor de 351 milhões de reais, que estão retidos no país. A Gol afirma que a suspensão da operação é temporária, mas que irá durar até que a questão dos valores seja resolvida. Não existe previsão para que isso aconteça.
Em comunicado, a Gol afirmou que irá reacomodar os passageiros afetados em voos de outras companhias. A suspensão se iniciou hoje. Um voo da empresa que sairia de Guarulhos (São Paulo) para Caracas foi cancelado.
Empresas aéreas operando na Venezuela são obrigadas a vender usando a moeda local, o bolívar. O dinheiro é usado para pagar gastos locais. Somente depois é convertido para dólar para que possa ser repatriado pelas empresas.
Ao longo dos últimos anos, no entanto, a taxa de conversão do bolívar para o dólar tem variado muito. A taxa preferencial passou de 4,30 bolívares por dólar em 2012, para 12 bolívares por dólar, no ano passado.
A Gol não é a única empresa que tem enfrentado este problema. Outras companhias também estão descontentes. O jornal Valor Econômico relembra que recentemente a Alitalia e Air Canada suspenderam operações na Venezuela sob os mesmos argumentos da Gol.
Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), empresas de aviação ao redor do mundo têm 3,9 bilhões de dólares retidos no país.
A Venezuela vem tentando pagar as dívidas com as companhias aéres por temor que mais parem de operar por lá. As próprias companhias já afirmaram que o país poderá ficar isolado, uma vez que elas não poderão continuar trabalhando sem receber os pagamentos devidos.
São Paulo - A Gol informou hoje que está suspendendo operações em Caracas, na Venezuela . O motivo é uma negociação com o governo venezuelano que vem se arrastando por meses.
A empresa brasileira pede repatriação de recursos no valor de 351 milhões de reais, que estão retidos no país. A Gol afirma que a suspensão da operação é temporária, mas que irá durar até que a questão dos valores seja resolvida. Não existe previsão para que isso aconteça.
Em comunicado, a Gol afirmou que irá reacomodar os passageiros afetados em voos de outras companhias. A suspensão se iniciou hoje. Um voo da empresa que sairia de Guarulhos (São Paulo) para Caracas foi cancelado.
Empresas aéreas operando na Venezuela são obrigadas a vender usando a moeda local, o bolívar. O dinheiro é usado para pagar gastos locais. Somente depois é convertido para dólar para que possa ser repatriado pelas empresas.
Ao longo dos últimos anos, no entanto, a taxa de conversão do bolívar para o dólar tem variado muito. A taxa preferencial passou de 4,30 bolívares por dólar em 2012, para 12 bolívares por dólar, no ano passado.
A Gol não é a única empresa que tem enfrentado este problema. Outras companhias também estão descontentes. O jornal Valor Econômico relembra que recentemente a Alitalia e Air Canada suspenderam operações na Venezuela sob os mesmos argumentos da Gol.
Segundo a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), empresas de aviação ao redor do mundo têm 3,9 bilhões de dólares retidos no país.
A Venezuela vem tentando pagar as dívidas com as companhias aéres por temor que mais parem de operar por lá. As próprias companhias já afirmaram que o país poderá ficar isolado, uma vez que elas não poderão continuar trabalhando sem receber os pagamentos devidos.