Negócios

Gol reduz prejuízo com forte alta na receita por passageiro

Receita por passageiro aumentou 30%; taxa de ocupação das aeronaves também teve alta de 75,2% no segundo trimestre


	Gol: custos e as despesas operacionais subiram 20%, impactados pelo preço do querosene de aviação
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Gol: custos e as despesas operacionais subiram 20%, impactados pelo preço do querosene de aviação (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 07h08.

São Paulo - A companhia Gol Linhas Aéreas reduziu prejuízo no segundo trimestre, apoiada na forte expansão da receita por passageiro no período, mas o resultado ficou aquém das previsões de analistas.

A Gol teve prejuízo líquido de 145 milhões de reais no período de abril a junho, perda inferior à de 433 milhões de reais sofrida no mesmo período de 2013. O prejuízo, porém, foi maior que a previsão média de analistas de perda 93,7 milhões de reais, segundo pesquisa Reuters.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) ficou positiva em 375,2 milhões de reais, avanço de 59,6% na mesma base de comparação.

Favoreceu o resultado da Gol um crescimento de 24% na receita líquida, que atingiu nível recorde para o segundo trimestre, a 2,38 bilhões de reais.

O avanço foi possível diante de uma alta de 30% na receita por passageiro, em decorrência da expansão de 17% no yield, indicador que mede o preço de passagens, e na taxa de ocupação de 75,2% no segundo trimestre.

Já os custos e as despesas operacionais subiram 20% na comparação anual, a 2,3 bilhões de reais, impactados pelo efeito da desvalorização do real ante o dólar no preço do querosene de aviação e maior pressão inflacionária, disse a Gol. Além disso, o indicador de custo por assento avançou 26% na comparação anual, com a redução da oferta implicando menor diluição de custos.

A demanda total do grupo avançou 5,9% e a oferta caiu 4,6% no segundo trimestre ante o ano anterior. No mercado doméstico, a demanda avançou 3,5% e a oferta caiu 6%. Já nos voos internacionais, houve crescimento de 30,2% na demanda e alta de 7,4% na oferta.

A empresa obteve o primeiro lucro operacional para um segundo trimestre desde 2010, com lucro antes de impostos e taxas (Ebit) de 38 milhões de reais e margem operacional Ebit de 1,6%.

A dívida líquida da companhia recuou 8,5% na comparação anual para 2,59 bilhões de reais no segundo trimestre.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasEmpresasEmpresas brasileirasgestao-de-negociosGol Linhas AéreasLucroPrejuízoResultadoServiçosSetor de transporte

Mais de Negócios

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Há três meses, marca de hair care Braé lançou produtos para magazines que já são 10% das vendas

Mais na Exame