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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
A General Motors divulgou hoje seu balanço do segundo trimestre que trouxe números surpreendentemente positivos. A empresa obteve um lucro líquido de US$ 891 milhões, contra um prejuízo de US$ 3,4 bilhões no mesmo período do ano passado.
Até mesmo nos Estados Unidos, onde a empresa sofre mais a concorrência das montadoras japonesas, os resultados não desagradaram os analistas. A unidade da América do Norte teve um prejuízo de US$ 94 milhões. Desde 2005, as perdas acumuladas na região somam US$ 12,9 bilhões. Às 11h20, as ações da GM negociadas em Nova York tinham alta de 3,99%, para 33,90 dólares
Para estancar o prejuízo, a GM decidiu fechar acordos com sindicatos para cortar funcionários e encerrar as atividades em algumas fábricas. As medidas têm como objetivo adaptar a capacidade de produção a um cenário de queda nas vendas. Outra medida em estudo prevê a redução dos direitos trabalhistas, o que ainda precisa ser negociado com os sindicatos.
Outra montadora americana em crise, a Ford, também surpreendeu analistas com um lucro líquido de US$ 750 milhões no segundo trimestre. Os números mostram que os cortes de custo adotados pelas montadoras já começam a surtir efeitos positivos nos balanços.
O presidente mundial da empresa, Rick Wagoner, disse, entretanto, que a unidade americana da empresa "trabalhou duro" e conseguiu "enormes melhorias", mas disse que ainda é preciso "fazer mais" para aumentar a lucratividade. Além de cortar custos, ele também defendeu o investimento em carros que utilizem biocombustíveis ou híbridos (que funcionam a gasolina ou eletricidade).
América Latina
A GM informou que seu lucro ajustado na América Latina alcançou US$ 213 milhões no segundo trimestre, com uma alta de 37%. Acuada por montadoras japonesas na América do Norte, a empresa aposta em mercados emergentes para voltar a conquistar a liderança mundial em veículo perdida para a Toyota neste ano.
A montadora japonesa tem pouca experiência no desenvolvimento de veículos mais simples e baratos, que geralmente têm maior demanda em países emergentes. Uma das medidas em estudo pela Toyota é a abertura de uma nova fábrica no Brasil.