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GM demite trabalhadores por telegrama

Número de dispensas não foi revelado, mas sindicalistas acreditam que passa de 200


	Fábrica da General Motors em São José dos Campos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Fábrica da General Motors em São José dos Campos (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 08h44.

São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos marcou para esta segunda-feira, 10, uma assembleia para discutir ações contra a decisão da General Motors de demitir trabalhadores.

No sábado, 8, a empresa enviou telegramas de dispensa a centenas de funcionários - o número não foi revelado, mas sindicalistas acreditam que passa de 200. Não está descartada a decretação de uma greve.

Hoje também está previsto o retorno ao trabalho de 750 funcionários que estavam em lay-off desde março. Eles têm estabilidade de emprego por três meses e não estão incluídos na lista de demissões. A unidade tem 5,2 mil trabalhadores.

No domingo, 9, cerca de 250 pessoas estiveram no sindicato, muitas delas demitidas, para uma reunião. Elas aprovaram o início de mobilizações pela reversão das demissões, estabilidade no emprego e abertura de negociação com a GM.

"Estamos perplexos com essa notícia na véspera do Dia dos Pais. É a segunda vez que a GM faz isso, já fez ano passado, nas festas de fim de ano, e agora novamente", comentou no sábado Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato.

Em nota, a GM disse que "esgotou todas as alternativas para evitar demissões no Complexo Industrial de São José dos Campos, incluindo férias coletivas, lay-off, banco de horas e programas de desligamento voluntário."

Diz ainda que essas medidas não foram suficientes diante da expressiva redução da demanda no mercado brasileiro, "que registra queda em torno de 30%" desde janeiro de 2014.

"Os desligamentos realizados têm como objetivo adequar o quadro da empresa à atual realidade do mercado, visando resgatar a competitividade e viabilidade do negócio", diz a nota.

Recentemente, a GM também demitiu cerca de 500 pessoas em São Caetano do Sul (SP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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