Negócios

GM confirma demissão de cerca de 600 na fábrica de São José

A fábrica de São José emprega cerca de 5 mil trabalhadores e produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de componentes


	Trabalhador da indústria: A fábrica de São José emprega cerca de 5 mil trabalhadores e produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de componentes
 (zdravkovic/Thinkstock)

Trabalhador da indústria: A fábrica de São José emprega cerca de 5 mil trabalhadores e produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de componentes (zdravkovic/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 14h30.

São Paulo - A General Motors formaliza nesta sexta-feira, 29, a demissão de um grupo de funcionários da fábrica de São José dos Campos (SP) que estava em lay-off (contratos suspensos temporariamente) há cinco meses.

Segundo a GM, o grupo era formado por 798 trabalhadores, mas o Sindicato dos Metalúrgicos afirma que parte deles se inscreveu num programa de demissão voluntária e o corte deve atingir cerca de 600 pessoas.

Esse pessoal havia sido demitido em agosto, mas, após greve de duas semanas, a empresa fez acordo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas e aceitou colocá-los em lay-off, com a condição de dispensa após o término do programa.

A fábrica de São José emprega cerca de 5 mil trabalhadores e produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de componentes.

Na semana passada, os funcionários entraram em greve reivindicando valor maior da segunda parcela de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Eles voltaram ao trabalho nesta terça-feira, depois que a empresa aumentou o valor de R$ 4.250 para R$ 5,6 mil.

Vendas em queda

A indústria automobilística deve registrar em janeiro o pior mês em vendas dos últimos nove anos.

Até quarta-feira, 27, apenas 136 mil veículos foram vendidos, o que significa queda de 36% em relação ao mesmo período de um ano atrás e de 31% ante dezembro.

Pela fraca média diária, em torno de 7,6 mil unidades, as vendas devem ficar abaixo de 160 mil veículos.

Números inferiores a esse foram registrados em janeiro (152,9 mil unidades) e fevereiro (146,7 mil) de 2007. Em janeiro passado foram vendidos 253,8 mil veículos.

Em 2015, o setor registrou queda de 26,6% em comparação a 2014, com 2,56 milhões de veículos vendidos, incluindo caminhões e ônibus. Para este ano, a projeção das fabricantes é de novo recuo de 7,5%.

As montadoras iniciaram o ano com medidas de corte de produção. A Fiat deu férias coletivas por 20 dias, a partir da última quarta-feira, para a maioria dos funcionários da fábrica de Betim (MG). Das quatro linhas de produção, só uma funcionará no período.

A Ford vai dispensar os trabalhadores durante três semanas em fevereiro na fábrica de Camaçari (BA). O mesmo fará a GM nas filiais de Gravataí (RS) e Joinville (SC).

A Ford também iniciou o ano com jornada reduzida na unidade de São Bernardo do Campo (SP) - os funcionários não trabalham às sextas-feiras -, assim como já fazem outras montadoras, entre as quais a Volkswagen e a Mercedes-Benz na mesma cidade. Já em Taubaté, a Ford reduzirá a jornada a partir de março, após adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Mesmo com a queda das vendas, modelos da linha 2016 começam a chegar às lojas com reajustes de preços.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEmpresasEmpresas americanasgestao-de-negociosGM – General MotorsMontadoras

Mais de Negócios

Mesbla: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil dos anos 1980

Quer trabalhar nos EUA? Evento mostra áreas aquecidas e caminhos para visto de residência permanente

Com Kiss no catálogo, gravadora sueca chega ao Brasil de olho em funk, sertanejo e até o trap

Como a princesa do energético do Brasil quer ganhar o mundo com uma marca criada no interior de SC