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GM abre mais um plano de demissão voluntária

Programa de Demissões Voluntárias é o segundo realizado pela empresa em menos de um mês; adesão ao primeiro foi considerada "insuficiente"

GM: empresa anuncia segundo Programa de Demissões Voluntárias (PDV) no mês na fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo (GM / Divulgacao)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2012 às 12h35.

São Paulo - A General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira a abertura de um novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo, o segundo em menos de um mês. O anterior, encerrado há uma semana, teve 186 adesões, número considerado insuficiente pela montadora.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos local, Antonio Ferreira de Barros, diz que "não há motivos para a GM continuar demitindo". Para ele, não existe mão de obra excedente na fábrica e as vendas do setor automotivo deram um salto de 20% após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedida pelo governo federal.

"As vendas de carros passaram de 13 mil para 16 mil unidades por dia", afirma o sindicalista. Ele ressalta que a GM vive um de seus melhores momentos no País. "No mês passado, ela vendeu mais que a Volkswagen, e só perdeu para a Fiat."

Para garantir a redução do IPI, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez um acordo com o governo no início de maio. Em troca do benefício fiscal, as montadoras se comprometeram a manter ou aumentar o número de empregos, além de reduzir o preço dos automóveis.

"A GM está usando o dinheiro conseguido com a redução de impostos para financiar as rescisões", afirmou Barros. "Além disso, os cortes vão sobrecarregar ainda mais os trabalhadores que continuarem na fábrica."

A montadora não comentou as declarações do sindicalista nem informou quantas adesões pretende atingir com o PDV. Em nota, disse que decidiu prorrogar até 2 de julho o PDV para todos os trabalhadores da produção na unidade.

A montadora informou que também abriu um PDV na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, atendendo a solicitação do Sindicato dos Metalúrgicos local. "Negociei a abertura do programa porque fui cobrado por muitos trabalhadores aposentados que querem ir embora", disse Aparecido Inácio da Silva, presidente do sindicato.

Segundo ele, a montadora se comprometeu a fazer contratações para substituir os trabalhadores que aderirem ao PDV. "A extinção de postos de trabalho é em São José dos Campos, aqui não", afirmou.

Outra medida tomada pela montadora foi o fechamento do segundo turno do setor que produz os modelos Corsa, Zafira e Meriva na fábrica de São José dos Campos (SP). A ação atingiu mais de 550 trabalhadores, que foram remanejados para outras áreas, como o recém-implantado terceiro turno da picape S10.

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São Paulo - A General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira a abertura de um novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de São José dos Campos, interior de São Paulo, o segundo em menos de um mês. O anterior, encerrado há uma semana, teve 186 adesões, número considerado insuficiente pela montadora.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos local, Antonio Ferreira de Barros, diz que "não há motivos para a GM continuar demitindo". Para ele, não existe mão de obra excedente na fábrica e as vendas do setor automotivo deram um salto de 20% após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedida pelo governo federal.

"As vendas de carros passaram de 13 mil para 16 mil unidades por dia", afirma o sindicalista. Ele ressalta que a GM vive um de seus melhores momentos no País. "No mês passado, ela vendeu mais que a Volkswagen, e só perdeu para a Fiat."

Para garantir a redução do IPI, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez um acordo com o governo no início de maio. Em troca do benefício fiscal, as montadoras se comprometeram a manter ou aumentar o número de empregos, além de reduzir o preço dos automóveis.

"A GM está usando o dinheiro conseguido com a redução de impostos para financiar as rescisões", afirmou Barros. "Além disso, os cortes vão sobrecarregar ainda mais os trabalhadores que continuarem na fábrica."

A montadora não comentou as declarações do sindicalista nem informou quantas adesões pretende atingir com o PDV. Em nota, disse que decidiu prorrogar até 2 de julho o PDV para todos os trabalhadores da produção na unidade.

A montadora informou que também abriu um PDV na fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, atendendo a solicitação do Sindicato dos Metalúrgicos local. "Negociei a abertura do programa porque fui cobrado por muitos trabalhadores aposentados que querem ir embora", disse Aparecido Inácio da Silva, presidente do sindicato.

Segundo ele, a montadora se comprometeu a fazer contratações para substituir os trabalhadores que aderirem ao PDV. "A extinção de postos de trabalho é em São José dos Campos, aqui não", afirmou.

Outra medida tomada pela montadora foi o fechamento do segundo turno do setor que produz os modelos Corsa, Zafira e Meriva na fábrica de São José dos Campos (SP). A ação atingiu mais de 550 trabalhadores, que foram remanejados para outras áreas, como o recém-implantado terceiro turno da picape S10.

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