Mesmo inseguros com relação ao risco de fraude, gestores ainda não tomam as providências necessárias de prevenção (.)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2010 às 16h49.
São Paulo - Com a retomada da economia mundial, aumento de aquisições e abertura para novos mercados e negócios, gestores demonstram preocupação em relação a risco de fraudes, corrupção e suborno nas companhias. É o que aponta uma pesquisa global de fraudes feita pela empresa de auditoria Ernst & Young, entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010. Mais de 1.400 diretores financeiros e chefes de auditoria interna de companhias privadas de 36 países participaram do levantamento.
O estudo revelou que, para 95% dos entrevistados, a América Latina é a região mais preocupante, seguida pelo Oriente Médio e África, com 87%, Europa central e oriental, 84%, e Austrália, com 81%. O Brasil é o país que inspira mais confiança, se comparado ao grupo do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), tendo destaque na manutenção de bancos de dados relativos a fraudes e nos processos em curso para promover aderência à legislação internacional anticorrupção.
Ainda de acordo com a Ernst & Young, as fraudes têm aumentado também em regiões onde não eram tão comuns. Na Europa ocidental, por exemplo, o número de empresas ligadas à corrupção aumentou de 10% para 21% em dois anos. América Latina, Oriente Médio e África também apresentam índices altos, com 21% e 18%, respectivamente.
Apesar de receosos ao contexto atual, os gestores que responderam à pesquisa também se mostraram pouco cuidadosos. Deles, 76% têm medo de que, em caso de fraude, sejam responsabilizados pelo problema. No entanto, a maioria ainda não adota medidas de proteção. Apenas 40% dos entrevistados revisaram controles contra fraudes no último ano anterior à pesquisa e 28% deles receberam pedidos para elaborar relatório sobre riscos de fraude.
Outros procedimentos para evitar irregularidades, como a análise de documentos e informações contábeis, o chamado due diligence, ainda ficam em segundo plano.
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