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Gestão inteligente de informações traz eficiência e reduz custos

Aproveitar os dados de maneira eficaz tornaria as empresas 1% mais eficientes e adicionaria quase 15 trilhões de dólares ao PIB global até 2030

Fazer a gestão dos dados é extremamente importante, pois ela definirá a estratégia mais eficiente de guardar, tratar, consumir e proteger todos eles (equinix/Divulgação)

Isabela Rovaroto

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 12h05.

Todos os dias são criados 2,5 quintilhões de bytes em todo o mundo, segundo estudo da Business Software Alliance (BSA), entidade que promove programas de conformidade para o uso legal de software. Boa parte desse número é gerada por empresas e esse volume dobra a cada 1 ano e dois meses, segundo o mesmo relatório.

São informações que vão desde o processamento de transações comerciais diárias até histórico de pagamento da folha de funcionários. E tudo isso precisa ser armazenado. Por isso, fazer a gestão dos dados é extremamente importante, pois ela definirá a estratégia mais eficiente de guardar, tratar, consumir e proteger todos eles.

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“Atualmente, as áreas de TI têm sido extremamente pressionadas por outras áreas de negócio, conforme as empresas se tornam mais digitalizadas e as experiências com seus clientes mais fluídas”, afirma Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil.

A cobrança faz sentido. Um problema no processamento de dados pode afetar usuários internos e externos e até provocar perda de negócios. Por outro lado, investir tudo na melhor performance disponível pode ser pouco eficiente e consumir investimentos importantes sem necessidade.

Carvalho conta que o medo da falta de performance é tão grande que muitas vezes as empresas pagam por alta e média performance, quando, na grande maioria dos casos, apenas 5% do seu consumo se enquadra nesse perfil e 80% dele não precisaria de performance.

“Como cada cliente tem peculiaridades na maneira como consome dados, a incerteza de como será o comportamento ao longo do tempo torna uma gestão inteligente do ciclo de vida dos dados fundamental para garantir um desempenho otimizado, com o custo na medida certa para a real necessidade da empresa”, diz o executivo.

Estimativas conservadoras de economistas apontam que aproveitar os dados de maneira eficaz tornariam as empresas 1% mais eficientes, mas adicionaria quase 15 trilhões de dólares ao PIB global até 2030, segundo o mesmo relatório da BSA.

Barreiras

Mas qual é a maior dificuldade das empresas na gestão do ciclo de vida de seus dados? Investir em conhecimento, tanto da observação do comportamento dos dados quanto dos processos de negócio das empresas, aponta o executivo.

“Com os muitos desafios trazidos pela transformação digital e pela terceirização da TI, as empresas não conseguem – e nem devem – ter que se preocupar com as questões operacionais de gerir seus dados com esse nível de esforço”, diz Carvalho.

A alternativa é buscar serviços e soluções que possam se responsabilizar por essa gestão. Fazer por conta própria pode adicionar desafios extras e trazer prejuízos maiores do que simplesmente continuar com uma certa dose de conservadorismo.

No entanto, é preciso tomar cuidado para não buscar soluções caras de armazenamento com performance. “É preciso escolher os benefícios dessa estratégia sem se aventurar com movimentações e operações de dados críticos”, orienta o executivo.

Na prática

Todo o processo se inicia com o entendimento de que os dados têm necessidades diferentes de performance e de abordagem, uma vez que possuem papéis diferentes nas estratégias de cada empresa. Alguns dados são mais críticos, outros menos. Além disso, o comportamento deles muda ao longo do tempo.

Na falta de conhecimento, é comum clientes distribuírem seus dados de forma aleatória entre diferentes camadas de performance. Alguns dividem proporcionalmente, outros concentram todo o volume em uma solução de performance mediana e há ainda quem distribua igualmente entre os extremos.

“Qualquer uma dessas tentativas de achar um equilíbrio entre performance versus investimento é artificial”, diz Carvalho. “Além disso, a maior parte das empresas não faz um acompanhamento constante ou não possui um planejamento para ir ajustando conforme a necessidade.”

Segundo o executivo, permitir uma flexibilização é fundamental para a empresa não desperdiçar dados ou dinheiro com estratégias de armazenamento ou proteção inadequadas para cada dado, de acordo com a sua real relevância. Essas estratégias também precisam acompanhar a evolução desse ciclo e se adaptar para atender aos diferentes negócios das empresas.

Seguir à risca esses passos é importante para o resultado da empresa como um todo. Caso contrário, há o risco de piorar ainda mais a experiência dos usuários, arriscar a estabilidade operacional ou mesmo tornar a gestão dos dados tão complexa que qualquer ganho não fará diferença. “Quando falamos de gestão do ciclo de vida dos dados, estamos falando de algo crítico para continuidade de negócios que merece atenção especial”, finaliza Carvalho.

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