Exame Logo

Gerdau reajusta preços de aços longos, dizem fontes

A Gerdau comunicou aos distribuidores um aumento de cerca de 15% nos preços de toda a sua linha de aços longos, afirmaram três fontes

Gerdau: notificação do reajuste ocorreu entre o fim de agosto e o início deste mês (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 18h09.

São Paulo - A Gerdau comunicou aos distribuidores de produtos siderúrgicos um aumento de cerca de 15 por cento nos preços de toda a sua linha de aços longos, afirmaram três fontes do mercado distribuidor nesta terça-feira.

A notificação do reajuste ocorreu entre o fim de agosto e o início deste mês, afirmaram as fontes, ressaltando que o movimento ainda não foi acompanhado por siderúrgicas rivais, como a CSN .

"Aumentaram em 15 por cento toda a linha (de longos). Só eles aumentaram", afirmou o gerente de vendas de uma grande distribuidora de aço do Estado de São Paulo. "O mercado não tem como absorver isso", afirmou a fonte, falando sob condição de anonimato.

Procurada, a Gerdau não comentou o assunto.

Segundo uma outra fonte do mercado distribuidor, a Gerdau também promoveu um reajuste ao redor de 7 por cento em produtos planos, segmento relativamente novo de negócios para a companhia, tradicional produtora de aços longos como vergalhões.

"Aumentaram os preços dos aços planos porque estavam defasados (em relação aos preços da concorrência)", disse essa fonte. Apesar da economia doméstica estar em recessão, os reajustes de preços da Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, acontecem em um momento em que a forte desvalorização do real ante o dólar dificulta a entrada de produtos siderúrgicos importados no Brasil.

Distribuidores de aços planos amargaram em julho o nível mais baixo de vendas para o mês desde 2006, o que fez a entidade que representa o setor, a Sindisider, piorar suas expectativas para o ano. Os estoques terminaram julho suficientes para quatro meses de vendas, quando o ideal seria de 2,5 a 2,8 meses.

"Não tem clima para isso (reajuste de preços) diante da situação de desaquecimento da economia do país", disse um terceiro distribuidor de aços longos. "Não adianta forçar agora que não vou comprar", acrescentou.

Na mesma linha, analistas do BTG Pactual afirmaram em nota a cliente que as condições muito fracas do mercado vão retardar a implementação dos reajustes pela Gerdau. "Os estoques na cadeia ainda estão muito altos", afirmou a equipe do BTG.

Na bolsa paulista, as ações da Gerdau e da CSN fecharam em alta de 3,29 e de 5,71 por cento, respectivamente. A notícia sobre o reajuste da Gerdau foi publicada mais cedo pela Agência Estado.

Veja também

São Paulo - A Gerdau comunicou aos distribuidores de produtos siderúrgicos um aumento de cerca de 15 por cento nos preços de toda a sua linha de aços longos, afirmaram três fontes do mercado distribuidor nesta terça-feira.

A notificação do reajuste ocorreu entre o fim de agosto e o início deste mês, afirmaram as fontes, ressaltando que o movimento ainda não foi acompanhado por siderúrgicas rivais, como a CSN .

"Aumentaram em 15 por cento toda a linha (de longos). Só eles aumentaram", afirmou o gerente de vendas de uma grande distribuidora de aço do Estado de São Paulo. "O mercado não tem como absorver isso", afirmou a fonte, falando sob condição de anonimato.

Procurada, a Gerdau não comentou o assunto.

Segundo uma outra fonte do mercado distribuidor, a Gerdau também promoveu um reajuste ao redor de 7 por cento em produtos planos, segmento relativamente novo de negócios para a companhia, tradicional produtora de aços longos como vergalhões.

"Aumentaram os preços dos aços planos porque estavam defasados (em relação aos preços da concorrência)", disse essa fonte. Apesar da economia doméstica estar em recessão, os reajustes de preços da Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, acontecem em um momento em que a forte desvalorização do real ante o dólar dificulta a entrada de produtos siderúrgicos importados no Brasil.

Distribuidores de aços planos amargaram em julho o nível mais baixo de vendas para o mês desde 2006, o que fez a entidade que representa o setor, a Sindisider, piorar suas expectativas para o ano. Os estoques terminaram julho suficientes para quatro meses de vendas, quando o ideal seria de 2,5 a 2,8 meses.

"Não tem clima para isso (reajuste de preços) diante da situação de desaquecimento da economia do país", disse um terceiro distribuidor de aços longos. "Não adianta forçar agora que não vou comprar", acrescentou.

Na mesma linha, analistas do BTG Pactual afirmaram em nota a cliente que as condições muito fracas do mercado vão retardar a implementação dos reajustes pela Gerdau. "Os estoques na cadeia ainda estão muito altos", afirmou a equipe do BTG.

Na bolsa paulista, as ações da Gerdau e da CSN fecharam em alta de 3,29 e de 5,71 por cento, respectivamente. A notícia sobre o reajuste da Gerdau foi publicada mais cedo pela Agência Estado.

Acompanhe tudo sobre:acoEmpresasEmpresas brasileirasGerdauPreçosSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame