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Gerdau decide até fim do mês entrada em consórcio de Belo Monte

São Paulo - A Gerdau vai decidir até o final de junho se participará do consórcio vencedor do leilão de concessão da usina de Belo Monte, mas a siderúrgica também estuda a possibilidade de participar de outros leilões de geração de energia que deverão ocorrer ainda em 2010. Segundo o diretor de meio-ambiente e energia […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - A Gerdau vai decidir até o final de junho se participará do consórcio vencedor do leilão de concessão da usina de Belo Monte, mas a siderúrgica também estuda a possibilidade de participar de outros leilões de geração de energia que deverão ocorrer ainda em 2010.

Segundo o diretor de meio-ambiente e energia da companhia, Érico Sommer, ainda não existem planos de construir uma unidade na região da usina, caso a Gerdau entre de fato no grupo.

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"Temos interesse (em ser autoprodutor), estamos colhendo informações, mas ainda não temos uma decisão formal", disse Sommer em evento em São Paulo sobre energia no mercado livre, nesta terça-feira.

"Não existe decisão de ir ou não para a região de Belo Monte, é uma questão mais de longo prazo. No curto prazo não temos nenhum projeto."

De acordo com Sommer, a Gerdau tem uma política de sempre estudar alternativas no segmento de energia. "É uma política de qualquer grande empresa. Sempre estamos olhando a possibilidade de participar de um investimento (em energia)", disse o executivo, que também é presidente do conselho diretor da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

De acordo com as regras do leilão de Belo Monte, 10 por cento da energia produzida seria destinada a autoprodutores ou ao mercado livre. "Estamos em processo de discussão sobre o quanto teríamos", disse Sommer.

Além da Gerdau, a Braskem também confirmou interesse em participar do consórcio Norte Energia. Em 14 de maio, o presidente da petroquímica, Bernardo Gradin, afirmou que, além da própria Braskem, outras duas empresas foram procuradas pelo grupo.


O consórcio Norte Energia, que venceu em 20 de abril o leilão da usina de Belo Monte ao oferecer um deságio de 6 por cento em relação à tarifa-teto de 83 reais por megawatt-hora estipulada pelo governo, tinha como participantes a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), estatal; Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Mendes Júnior Trading Engenharia, J. Malucelli Construtora de Obras, Contern Participações e Comércio, Cetenco Engenharia, Serveng-Civilsan e Gaia Energia e Participações.

Apesar de rumores sobre a saída de construtoras do grupo, até o momento a única mudança confirmada é na participação estatal no projeto, visto que a fatia da Chesf, anteriormente de 49,98 por cento, foi dividida também entre a Eletronorte e a própria Eletrobras. Chesf e Eletrobras terão 15 por cento do consórcio, enquanto a Eletronorte terá os demais 19,9 por cento.

Autoprodução

Falando como membro da Abrace e não como diretor da Gerdau, Sommer afirmou ainda que "não é normal" para uma indústria investir em geração de energia.

"Na maior parte dos países a responsabilidade pela disponibilização de energia é do governo, de estabelecimento de políticas que permitam a disponibilidade de energia... Ter energia, ter boa qualidade a custo competitivo", disse o executivo.

De acordo com ele, a busca pela autoprodução significa que a companhia não consegue energia barata, o que faz com que novas hipóteses comecem a ser discutidas. "Não é normal investir em geração de energia, porque o negócio dela (da indústria) é alumínio, aço, papel."

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