A General Electric (GE) anunciou nesta segunda-feira de modo inesperado a saída de seu presidente e diretor geral, Jeff Immelt, que colocou em prática a aposta de voltar a concentrar as atividades do conglomerado americano em suas origens industriais, ou seja, na energia.

Immelt, no cargo desde 2001, cederá primeiro a função de diretor-geral a John Flannery em 1º de agosto e o cargo de presidente do Conselho de Administração em 31 de dezembro, no momento de sua aposentadoria, explicou a GE.

John Flannery, de 55 anos, é atualmente o chefe da divisão de saúde da GE, cujas vendas cresceram 5% no ano passado.

Se uniu ao grupo em 1987 àquela que então era a GE Capital, o braço financeiro, que sofreu os efeitos da crise das hipotecas de risco "subprime" desestabilizando o conglomerado, cujas atividades vão desde a fabricação de motores de turbina para aviões até equipamentos médicos.

"John é a pessoa idônea para dirigir GE hoje", declarou a Immelt. "Os investidores confiarão nele, e também nossos clientes e funcionários da GE".

O anúncio é "uma grande honra", afirmou Flannery.

A gestão da Immelt provavelmente continuará sendo reconhecida em particular pela aquisição do braço de atividades energéticas do grupo francês Alstom, que representavam 70% de seu faturamento.

A GE explicou que a saída da Immelt é a culminação de um plano de sucessão de posto em implementação desde 2011. Desde então, a imprensa dos Estados Unidos tem especulado frequentemente sobre a mudança.

A troca de direção ocorre também enquanto o investidor ativista Nelson Peltz, uma das vozes influentes de Wall Street, investe na General Electric, muito afetada pela queda dos preços do petróleo.