GCU impede que Queiroz Galvão tenha novos contratos com poder público
Empreiteira foi declarada inidônea por fraudes na Petrobras, investigadas pela Operação Lava Jato
Reuters
Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 14h54.
Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 14h55.
São Paulo — A Controladoria-Geral da União (CGU) declarou a inidoneidade da construtora Queiroz Galvão, em medida que deverá vetar a empresa de novas licitações e contratos com o poder público, sob alegações de irregularidades da companhia em licitações da Petrobras .
A construtora foi ao longo dos últimos anos um dos alvos da operação Lava Jato , que revelou um enorme esquema de corrupção e pagamentos de propinas entre políticos, estatais e empresas privadas no Brasil.
Em decisão publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, a CGU afirmou que a Queiroz Galvão atuou "em defesa de interesses escusos e particulares, de forma concertada e ardilosa, frustrando, direcionando e fraudando certames licitatórios direcionados na Petrobras em conluio com outras empresas".
A decisão é assinada pelo ministro da CGU, Wagner de Campos Rosario, e tem data de 28 de janeiro.
Procurada, a Queiroz Galvão afirmou que tomou conhecimento da medida da CGU nesta quinta-feira e que tentará revertê-la.
"A decisão não tem eficácia imediata e (a companhia) apresentará recurso, com efeito suspensivo, no prazo legal", afirmou a construtora em nota.
De acordo com a publicação da CGU no Diário Oficial, a declaração de inidoneidade teve como base relatório final de uma comissão sobre processo administrativo de responsabilização da companhia, iniciado em 2014, e pareceres jurídicos.